Sonhos pintados em pedra de gelo
Tinta que o lento aquecer da água espalhou no chão
E ficou, triste borrão, porém belo
contrastando com o frio do meu coração
Mais cedo que o anunciado
Virá do céu um clamor
Vibrando puro pavor
no humano condenado
São as álgidas trombetas
Chamam ao juízo final
Os que aceitaram o mal
mantendo o bem nas grilhetas
Prostra-te ó ingrata prole
Negastes o sol que se abria
Encarcerastes o dia
Agora o breu vos engole
É a purga dos pecados
Acerto de velhas contas
Esta besta não a montas
Somos nós os dominados
Faz-te à vida, não demores
dá o salto, vai em frente
Vai e avisa toda a gente
Não dês descanso aos tambores
Juntemo-nos fora da cerca
Junto ao oráculo do sol
façamos nós de farol
Para que a nave não se perca
10 comentários:
Onde se lê "fio do meu coração", deve ler-se "frio do meu coração".
ó camões, vê-se logo que não vês de um olho
Levem-me a sério caralhos!. Sou uma espécie de acessor do M.A.R..
... tudo bons poetas.
Mais acessores? Aqui no blog não era preciso! Qual é o tacho?
Tinhas razão!
Tava a ver que não...
assessor, pás, assessor
Assessor, ó caralho!
Ganda escritura.Parabens M.A.R
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