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4.10.06

Sonhos pintados em pedra de gelo
Tinta que o lento aquecer da água espalhou no chão
E ficou, triste borrão, porém belo
contrastando com o frio do meu coração

Mais cedo que o anunciado
Virá do céu um clamor
Vibrando puro pavor
no humano condenado

São as álgidas trombetas
Chamam ao juízo final
Os que aceitaram o mal
mantendo o bem nas grilhetas

Prostra-te ó ingrata prole
Negastes o sol que se abria
Encarcerastes o dia
Agora o breu vos engole

É a purga dos pecados
Acerto de velhas contas
Esta besta não a montas
Somos nós os dominados

Faz-te à vida, não demores
dá o salto, vai em frente
Vai e avisa toda a gente
Não dês descanso aos tambores

Juntemo-nos fora da cerca
Junto ao oráculo do sol
façamos nós de farol
Para que a nave não se perca

10 comentários:

Anónimo disse...

Onde se lê "fio do meu coração", deve ler-se "frio do meu coração".

Anónimo disse...

ó camões, vê-se logo que não vês de um olho

Anónimo disse...

Levem-me a sério caralhos!. Sou uma espécie de acessor do M.A.R..

Anónimo disse...

... tudo bons poetas.

Anónimo disse...

Mais acessores? Aqui no blog não era preciso! Qual é o tacho?

Anónimo disse...

Tinhas razão!

Gandarro disse...

Tava a ver que não...

Anónimo disse...

assessor, pás, assessor

Anónimo disse...

Assessor, ó caralho!

Anónimo disse...

Ganda escritura.Parabens M.A.R