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30.1.08

Uma coisa é defender um ponto de vista através de um discurso contundente, para que não subsistam dúvidas quanto à posição que se pretende assumir.
Outra, bem diferente, é injuriar todo aquele que não se reveja nas nossas próprias opiniões. Isso não é contundência, mas pura e simplesmente uma manifestação de imbecilidade!
Será que nós, “postadores” e “comentadores”, somos incapazes de expor e discutir factos, ideias ou opiniões? É nosso conceito dialéctico o narcisismo no seu pior?
Ainda havemos de pensar nisso…

23.1.08



19.1.08

Bom fim de semana

A Divina Comédia -Dante Alighieri
A Comédia dos Erros -William Shakespeare
Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa
Dom Casmurro -Machado de Assis
Cancioneiro -Fernando Pessoa
Romeu e Julieta -William Shakespeare
A Cartomante -Machado de Assis
Mensagem -Fernando Pessoa
A Carteira -Machado de Assis
A Megera Domada -William Shakespeare
A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare
Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare
O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa
Dom Casmurro -Machado de Assis
Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
Poesias Inéditas -Fernando Pessoa
Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare
A Carta -Pero Vaz de Caminha
A Igreja do Diabo -Machado de Assis
Macbeth -William Shakespeare
Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago
A Tempestade -William Shakespeare
O pastor amoroso -Fernando Pessoa
A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós
Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa
O Mercador de Veneza -William Shakespeare
A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde
Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare
Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
A Mão e a Luva -Machado de Assis
Arte Poética -Aristóteles
Conto de Inverno -William Shakespeare
Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare
Antônio e Cleópatra -William Shakespeare
Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
A Metamorfose -Franz Kafka
A Cartomante -Machado de Assis
Rei Lear -William Shakespeare
A Causa Secreta -Machado de Assis
Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa
Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare
Júlio César -William Shakespeare
Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
Cancioneiro -Fernando Pessoa
Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional
A Ela -Machado de Assis
O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa
Dom Casmurro -Machado de Assis
A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
Adão e Eva -Machado de Assis
A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
A Chinela Turca -Machado de Assis
As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare
Poemas Selecionados -Florbela Espanca
As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo
Iracema -José de Alencar

18.1.08

ÓBVIAMENTE...

...demito-me.
Acho tudo isto uma cachopada cada vez mais apurada. Que me desculpem aqueles que tinham intenção de fazer disto algo mais sério e divertido. Cansei. Fiquem todos bem e sejam Casimiros.

11.1.08

MAR vivo

Não podes beber lá dentro
Não podes beber cá fora
Não podes planar no centro
Não deves esticar a tora

Não podes fumar o cigarro
Não podes fumar a passa
Tens de andar a pé de carro
E de pôr gesso na mossa

E de pôr gesso na mossa
E merda no serra bulho
E de ir dizer p’rá praça
Deus abençoe o entulho

E p’ra não haver barulho
Nem outras confusões
Encham vocês o bandulho
Que eu esvazio os colhões

Que eu esvazio os colhões
Sem ter vergonha nenhuma
Que a vida são dois tostões
E que se foda a fortuna

Puta que pariu

Juro que tive o maior dos cuidados a colocar o poema na sua verdadeira forma. Ao publicar a postagem saiu a cagada que se vê.

Embora alheio ao facto (ou talvez não), as minhas desculpas.

O Casimiro

Estimado ouvinte, já que agora estou consigo Peço apenas dois minutos de atenção É pra contar a história de um amigo Casimiro Baltazar da Conceição

O Casimiro, talvez você não conheça a aldeia donde ele vinha nem vem no mapa mas lá no burgo, por incrível que pareça era, mais famoso que no Vaticano o Papa

O Casimiro era assim como um vidente tinha um olho mesmo no meio da testa isto pra lá dos outros dois é evidente por isso façamos que ia dormir a sesta

Ficava de olho aberto via as coisas de perto que é uma maneira de melhor pensar via o que estava mal e como é natural tentava sempre não se deixar enganar (e dizia ele com os seus botões:)

Cuidado, Casimiro cuidado com as imitações Cuidado, minha gente Cuidado justamente com as imitações

Lá na aldeia havia um homem que mandava toda a gente, um por um, por-se na bicha e votar nele e se votassem lá lhes dava um bacalhau, um pão-de-ló, uma salsicha

E prometeu que construía um hospital Uma escola e prédios de habitação e uma capela maior que uma catedral pelo menos a julgar pela descrição

Mas... O Casimiro que era fino do ouvido tinha as orelhas equipadas com radar ouvia o tipo muito sério e comedido mas lá por dentro com o rabinho a dar, a dar

E... punha o ouvido atento via as coisas por dentro que é uma maneira de melhor pensar via o que estava mal e como é natural tentava sempre não se deixar enganar (e dizia ele com os seus botões:)

Cuidado, Casimiro cuidado com as imitações Cuidado, minha gente Cuidado justamente com as imitações

Ora o tal tipo que mandava lá na aldeia estava doido, já se vê, com o Casimiro de cada vez que sorria à plateia lá se lhe viam os dentes de vampiro

De forma que pra comprar o Casimiro em vez do insulto, do boicote, da ameaça disse-lhe: Sabe que no fundo o admiro Vou erguer-lhe uma estátua aqui na praça

Mas... O Casimiro que era tudo menos burro tinha um nariz que parecia um elefante sentiu logo que aquilo cheirava a esturro ser honesto não é só ser bem falante

A moral deste conto vou resumi-la e pronto cada qual faz o que melhor pensar Não é preciso ser Casimiro pra ter sempre cuidado pra não se deixar levar.

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Sérgio Godinho "Campolide" 1979