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31.10.06

Crónicas de café

Cá estou! Cerveja e cigarro... na T.V. a novela palra alto.
Um dorme sentado, outro tá no flipper. Alegria e alergia confundidas. É assim a noite...

Sou Alhadense...

…e à uns anos atrás participei em algumas actividades promovidas pelo G.A.J. (Grupo Alhadas Jovem). Fiz o pata-paper, o bicross e fui a algumas matinés no C.R.I.A.
Este grupo de malta também elaborava um jornal, de periodicidade espontânea (e que sempre li com interesse), de seu nome Ecos do Grupo. Eu devorava o Ecos! Os desenhos do Caçador, os artigos do Desporto Local (que devido à falta de actividade desportiva na freguesia deviam ser complicados de elaborar), as Noticialhadas, os poemas do M.A.R., e todos os textos mais ou menos críticos que os vários colaboradores iam produzindo. Uma curte!

Hoje em dia continuo por cá. Vou ali ao Bote beber uns canecos, faço umas visitas à Ti Luísa, já jantei no São Jorge (arrrgh!!!), faço umas tainadas na casita do nã e fumo umas brocas no Restaurante Ribeiro. Sou um simples Alhadense que gosta da sua terra (não tanto das suas gentes …), e para mim é porreiro poder participar neste blog, que é o que resta do extinto G.A.J., (na minha opinião) a única força verdadeiramente dinamizadora que existiu por estes lados…

Hoje, como ontem, há quem tente desvalorizar a liberdade critica a que todos temos direito. Este blog tem sido alvo de ataques sem qualquer nexo ou finalidade construtiva, por parte de pessoal, que não conseguindo ser independente das teias que a sociedade lhe impôs, tenta frustrar a possibilidade de outros viverem sem sujeição a interesses obscuros e corruptos. É contra estes intoxicados sociais que temos que marchar. Todos os dias!
Acabo de descobrir um "blog" intitulado "quintopoder" (http://quintopoder.blogspot.com/), da autoria de um tal M. Saraiva Santos, que afirma ser "permitida a reprodução, parcial ou total, dos textos deste blogue, sem ser necessário pedir autorização ao autor".
Por quem se terá o homem? Julgar-se-á o Eduardo Lourenço ou quê?!
O dito "blog" não permite comentários, opção perfeitamente legítima que me causa alguma perplexidade, pois considero essencial num "blog" a interactividade entre o(s) autor(es) e os leitores.
Mas tudo bem. O homem que fique a falar sozinho.
Já somos dois...

30.10.06

Li num jornal (creio que A Voz da Figueira, não anotei) que o famoso Azenha propôs, como forma de ajudar as colectividades a sobreviver... que os dirigentes associativos pudessem "contar, em cada cinco anos de exercício, um ano para efeitos de reforma/aposentação".
E que tal aplicar esta magnífica ideia aos postadores do "Ainda havemos de ter uma reunião..."?

27.10.06

Segundo quem me enviou a dita cuja, esta é a derradeira foto de Hitler.
Assim, vale a pena usar bigode...

Caldo de adagiários e dois conselhos

Casa quanta caibas e terra quanta vejas
A ladrão de casa nada se lhe esconde

Antes que cases, olha o que fazes
Quem tem filhos tem cadilhos
Aonde está o galo, não canta a galinha

A fome não tem lei
Antes deixar a maus do que pedir a bons
A rico não devas e a pobre não prometas

Gostos não se discutem
Cada um enterra o pai como pode

Guarda o que não presta e saberás o que te é preciso

Com pão e vinho se anda caminho
Quem quer vai, quem não quer manda


Não vista camisolas azuis, atrai os sardões
Não coma castanhas cruas, fazem nascer piolhos

26.10.06

Decididamente, sou a favor da liberalização do aborto

GERIR A RAIVA:

Por vezes, quando se tem um mau dia e precisamos de o descarregar em alguém, não o faça em alguém seu conhecido. Descarregue em alguém que NÃO conheça.

Estava sentado à minha secretária, quando me lembrei de um telefonema que tinha de fazer. Encontrei o número e marquei-o. Respondeu um homem que disse:
"Está?"

Educadamente respondi-lhe: "Estou! Sou o Luís Alves. Posso falar com a Sra. Ana Marques, por favor?"

Ficou com uma voz transtornada e gritou-me aos ouvidos: "Vê lá se arranjas a m**** do número certo, ó filho da p***!" e desligou o telefone.

Nem queria acreditar que alguém pudesse ser tão mal educado por causa de uma coisa destas. Quando consegui ligar à Ana, reparei que tinha acidentalmente transposto os dois últimos dígitos.

Decidi voltar a ligar para o número "errado" e, quando o mesmo tipo atendeu, gritei-lhe: "És um grande parvalhão!" e desliguei. Escrevi o número dele juntamente com a palavra "parvalhão" e guardei-o.

De vez em quando, sempre que tinha umas contas chatas para pagar ou um dia mesmo mau, telefonava-lhe e gritava-lhe: "És um parvalhão!" Isso animava-me.

Quando surgiu a identificação de chamadas, pensei que o meu terapêutico telefonema do "parvalhão" iria acabar. Por isso, liguei-lhe e disse: "Boa tarde. Daqui fala da PT. Estamos a ligar-lhe para saber se conhece o nosso serviço de identificação de chamadas!" Ele disse "NÃO!" e bateu o telefone. De seguida liguei-lhe, e disse: "É porque és um parvalhão!"

Uma vez, estava no parque do Centro Comercial e, quando me preparava para estacionar num lugar livre, um tipo num BMW cortou-me o caminho e estacionou no lugar que eu tinha estado à espera que vagasse. Buzinei-lhe e disse-lhe que estava ali primeiro à espera daquele lugar, mas ele ignorou-me.
Reparei que tinha um letreiro "Vende-se" no vidro de trás do carro, e tomei nota do número de telefone que lá estava.

Uns dias mais tarde, depois de ligar ao primeiro parvalhão, pensei que era melhor telefonar também para o parvalhão do BMW.
Perguntei-lhe: "É o senhor que tem um BMW preto à venda?"
"Sim", disse ele.
"E onde é que o posso ver?", perguntei.
"Pode vir vê-lo a minha casa, aqui na Rua da Descobertas, Nº 36. É uma casa
amarela e o carro está estacionado mesmo à frente."
"E o senhor chama-se?..." perguntei.
"O meu nome é Alberto Palma", disse ele.
"E a que horas está disponível para mostrar o carro?"
"Estou em casa todos os dias depois das cinco."
"Ouça, Alberto, posso dizer-lhe uma coisa?"
"Diga!"
"És um grande parvalhão!", e desliguei o telefone. Agora, sempre que tinha um problema, tinha dois "parvalhões" a quem telefonar.

Tive, então, uma ideia. Telefonei ao parvalhão Nº 1.
"Está?"
"És um parvalhão!" (mas não desliguei)
"Ainda estás aí?" ele perguntou.
"Sim", disse-lhe.
"Deixa de me telefonar!" gritou.
"Impede-me", disse eu.
"Quem és tu?" perguntou.
"Chamo-me Alberto Palma", respondi.
"Ah sim? E onde é que moras?"
"Moro na Rua da Descobertas, Nº 36, tenho o meu BM preto mesmo em frente, ó
parvalhão. Porquê?
"Vou já aí, Alberto. É melhor começares a rezar", disse ele.
"Estou mesmo cheio de medo de ti, ó parvalhão!" e desliguei.

A seguir, liguei ao parvalhão Nº 2.
"Está?"
"Olá, parvalhão!", disse eu.
Ele gritou-me: "Se descubro quem tu és..."
"Fazes o quê?" perguntei-lhe.
"Parto-te a tromba!" disse ele.
E eu disse-lhe: "Olha, parvalhão, vais ter essa oportunidade. Vou agora aí a tua casa, e já vais ver."

Desliguei e telefonei à Polícia, dizendo que morava na Rua da Descobertas, Nº 36 e que ia agora para casa matar o meu namorado gay. Depois liguei para as cadeias de TV e falei-lhes sobre a guerra de gangs que se estava a desenrolar nesse momento na Rua da Descobertas.

Peguei no meu carro e fui para a Rua da Descobertas. Cheguei a tempo de ver dois parvalhões a matarem-se à pancada em frente de seis viaturas da polícia e uma série de repórteres de TV.

Já me sinto muito melhor.

Gerir a raiva sempre funciona.

24.10.06

A economia portuguesa está em "momento de viragem"

Quem o diz é o Sócrates...
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=735498&div_id=291

Concordo plenamente. Está em viragem e não tarda a capotar.
Os porcos israelitas escaqueiraram o Líbano e quem vai limpar os destroços são os atoleimados, entre os quais Portugal, que se prepara para gastar 2,4 milhões de euros para o efeito.
Se fosse para o governo da "casa" não havia verbas. Mas para armar ao cagalhão...

23.10.06

Que dizem deste pormenor do portal da Sé de Lamego?

Do Vieira , com amor

Eu sou um pobre desalmado
Sou um homem muito triste
E dá-me a impressão
Que pior do que eu não existe
Sou um tipo abandonado
Tenho um caracter apagado
E no meu coração
Uma duvida subsiste
Marilu
Diz-me se és mesmo tu
Marilu
Deixa-me ir-te ao cu
Sou aquele trágico campino,
Que cavalga na pradaria
Em cima da sua mula
Que se chama Maria
Eu já tive muitas experiências
De segundo e terceiro grau
E posso te garantir
Que não sou nada mau
Marilu
Diz-me se es mesmo tu
Marilu
Deixa-me ir-te ao cu
MariMariMariMariMariluMariMariMariluMarilu
Deixa-me ir-te ao cu
E já estou quase a ir-me embora
Deixo uma mensagem para ti
Em homenagem a esse monumento
Que eu nunca comi
Com duas letrinhas apenas
Se escreve a palavra cu
Mas são preciso seis
Para eu dizer Marilu
Marilu
Diz-me se és mesmo tu
Marilu
Deixa-me ir-te ao cu

Anedota do dia

Não. Não me estou a referir ao facto de o Jesualdo Ferreira ter dito que o Porto jogou para ganhar...

Estou a falar de humor negro e do mais puro negrume:
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlPage=Content_Economia&CpContentId=284447
Nem comento!

A/C Sr. Inspector Varejeira

Uma notícia do “Correio da Manhã”, citada por um jornalista d’ “O Jogo” de ontem, dá conta de que “a Suíça vai devolver milhões congelados a governantes”.
E que “governantes”!
Atente-se nalguns deles, todos indefectíveis democratas praticantes:
Mobutu (Congo), Sani Abacha (Nigéria), Jean-Claude Duvalier (Haiti), Ferdinand Marcos (Filipinas), Benazhir Bhuto (Paquistão)...
Nessa lista encontra-se também o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, que os países ocidentais fazem o favor de não incluir no grupo dos ditadores. E bem. É um campeão da democracia!
Parece que o homem tem na Suíça (fora em Angola e sabe-se lá mais onde) cerca de 16 milhões de contos – 79.000.000 euros!
Para um país cuja população vive mais miseravelmente ainda do que a portuguesa, Angola paga muitíssimo bem aos seus governantes.

Pelo exposto, Sr. Inspector, venho pedir-lhe que investigue a situação do Sócrates e restante malta da governança nacional.
Quero saber quantos milhões têm eles nas respectivas contas bancárias, para comparar com os ordenados que o Diário da República diz que os meninos auferem.
Bom dia!!!

Que bom começar uma nova semana… chuva seguida de sol… a prova viva de que a natureza é fantástica…
Uma boa semana para os Bloguistas Alhadenses…

Não se esqueçam… A vida é bela!!!!!

Mulheres de Salazar

"Ditadura? É uma forma de governação".
"Desde que haja alguém acima de nós que nos faça mentalizar para o que é mau é mau e o que é bom é bom, o mundo endireita".

Citadas pelo "Público" de ontem, tais afirmações partem de duas das mulheres que escreveram a Salazar em 1958, em resposta a uma circular de um movimento feminino de apoio à ditadura salazarista.

Se a primeira das afirmações não suscita grandes comentários, dado tratar-se de uma constatação de facto, já a segunda, pela carga de carneirismo que comporta, leva-me a concluir que estas idosas já aqui andam a mais. Aliás, o mesmo digo de muitos jovens e menos jovens, também eles crentes da religião da canga.
Isto é gente que - em nome não sei de que valores (euros?) - não se importa de abaixar os cornos; que entrega a "alguém acima" a condução da própria existência; que não tem outra opinião que a opinão de toda a gente e etc. E foda-se!

Endireitar o mundo…
Acaso o amigo leitor conhece ideia mais perigosa?

22.10.06

Que bom acordar para tão belo dia... Parece que todo o universo conspira para que a lenda pessoal se torne real...

FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!!!

20.10.06

Ainda havemos de fazer uma excursão para ir a Entre-os-Rios

Esta situação define bem o português-tipo e faz-me lembrar os “Esteiros”, magnífico livro da pena de Soeiro Pereira Gomes.
A miséria que as cheias do Tejo levavam às populações ribeirinhas, já de si miseráveis, era também alvo da visita de turistas...

No caso de Entre-os-Rios – valha-nos isso – a miséria é notoriamente mental...

http://visaoonline.clix.pt/default.asp?CpContentId=331883

No Comments...

"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original"

Albert Einstein

Esta é para chatear o "ruanda", que diz que eu ocupo demasiado espaço no Blog

“Os administradores do Banco de Portugal vão deixar de ter direito à totalidade da reforma ao fim de cinco anos de trabalho. O Governo aprovou novas regras que fazem também com que os gestores públicos fiquem com os salários dependentes do cumprimento de objectivos”.
http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinheiro/20061020+fim+reformas+douradas.htm

Em meu entender, esta notícia não passa de fogo de artifício para entreter o indígena e só a trago a terreiro para manifestar a minha ignorância.
É que desconhecia que os ditos administradores obtinham a reforma ao fim de 5 anos de trabalho!
Eu não sei o que faz um administrador do Banco de Portugal, mas que deve ser uma actividade extremamente desgastante e de alto risco...

19.10.06

Não lhes chega a Terra, agora também querem mandar no Espaço...

Esta nem comento.
Estão a passar das marcas, os filhos-da-puta-nojentos-cabrões-paneleiros-chulos dos norte-americanos.
Ontem à noite, pelos intervalos dos bagaços, alvejava freneticamente o comando da televisão. Parei na 2 e, estava a dar qualquer coisa acerca da democracia. Era um debate interactivo, denotava-se algum esforço para que os telespectadores se sentissem bem na nossa democracia e valores ocidentais. E quando parecia que já não dava para enaltecer mais os ânimos o Pacheco Pereira dizia: "- Gosto mais de ser anestesiado do que estar sem anestesia." Naquele momento eu sabia que ele estava a falar para mim e para um grande número de portugueses. Anestesiados, sempre pelos valores democráticos ocidentais.

Roteiro pela inclusão

Os apelos do Cavaco Silva já estão a dar frutos…
Uma curta peça do Diário de Notícias (18-10-2006) dá-nos conta de um caso de sucesso: o proprietário de um prédio abandonado sito na cidade do Porto, sensibilizado com as condições de habitabilidade de um casal (de heterossexuais) que ali se acolhia, tratou de tudo para que aqueles saíssem de tão miserável situação.
A este acto filantrópico não faltou pompa nem circunstância. A boa nova foi transmitida na terça-feira por um funcionário da Câmara do Porto e dois seguranças da Prosegur, que informaram o casal de que este iria ser incluído na sociedade a partir das 09:00 horas de ontem, quarta-feira (escrevo pela matina).
Se tudo correu bem, hoje o casal já se encontra fora do antro em que viviam. Pelo menos, na rua sempre vivem mais arejadamente.
E assim, para gáudio do proprietário do prédio, este continua abandonado mas pelo menos desocupado. O homem não quer que ninguém sofra o calvário de ali habitar.
Durante uma aula de português, a professora pergunta:
Qual é o significado da palavra "óbvio"?
Rapidamente, Carine, são paulina, rica, uma das mais aplicadas alunas da classe, que estava sempre muito bem vestida, perfumada e bonita, respondeu:
- Prezada professora, hoje acordei bem cedo, ao raiar do dia, depois de uma óptima noite de sono no conforto de meu quarto. Desci a escadaria de nossa residência e me dirigi à copa onde era servido o café. Depois de deliciar-me com as mais apetitosas iguarias, fui até a janela que dá para o jardim de entrada e admirei aquela bela paisagem por alguns minutos, enquanto pensava como é agradável e belo o viver. Virando-me um pouco, percebi que se encontrava guardado na garagem O BMW pertencente a meu pai. Pensei com meus botões:

"É ÓBVIO que meu pai foi para o trabalho de Mercedes".

Sem querer ficar para trás, Luiz Cláudio, palmeirense de uma família de classe média, acrescentou:

-Professora, hoje eu não dormi muito bem, porque meu colchão é meio duro. Mas eu consegui acordar assim mesmo, porque coloquei o despertador do lado da cama para tocar cedo. Levantei meio zonzo, comi um pão com manteiga e tomei café. Quando saí para a escola, vi que o Celta do papai estava na garagem.

Imaginei:"É ÓBVIO que o papai foi trabalhar de Metro".

Embalado na conversa, Joãozinho, de classe baixa, também quis responder:

-Fessora, hoje eu quase num durmí, pruquê teve tiroteio até tarde na favela. Só acordei di manhã pruquê tava morreno di fome, mas num tinha nada pra cumê mermo... quando oiei pela janela du barraco, vi a minha vó cum jorná dibaxo du braço e pensei:

"É ÓBVIO qui ela vai cagá. Num sabe lê!".
"Há pessoas que transformam o Sol numa simples mancha amarela, mas há também aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio Sol..."

Pablo Picasso

Entretenimento

Acabo de abrir as notícias do Google...
Então não é que na secção denominada "Entretenimento" surge à cabeça o título "Militar da GNR baleado quando abordava suspeito de homicídio"...
Ele há cada entretém...

Sabiam que...

... neste sítio já existiu uma pista de patinagem... há muitos anos... era única no país... o que será que a fez desaparecer...

Recebi ainda agora este mail e acho que deve ser partilhado por todos:

Eles não gostam? Azarucho!
Todos os dias ao sair de casa dou de caras com um anúncio que me deixa logo mal disposta até aí às três da tarde. É da clínica Persona e tem esta brilhante tirada publicitária: "os homens não gostam decelulite".
É que, de facto, era este o argumento que me faltava para eu pôr fim à celulite que se instalou no meu rabo sem qualquer espécie de permissão.
Eu até gosto de ter celulite, adoro!, faço os possíveis por ter sempre mais e mais... ah, mas espera lá, se os homens não gostam, então eu vou já pagar um tratamento de 500 contos na Persona para ficar sem celulite!!
A sério, senhores que fizeram esta campanha, acham mesmo que este tipo de terror psicológico barato faz efeito numa mulher???
Se o anúncio dissesse:"mulheres com celulite não entram na Zara", aí sim, era ver-me acorrer para a Persona, primeiras, primeiras!
Agora, "vejam lá se tratam disso que os homens não gostam", temos pena, mas não pega!Se formos a ver, também há muita coisa que as gajas não gostam, e nem por isso espalhamos outdoors gigantescos pela cidade. Sim, porque se não já estou a imaginar os possíveis anúncios:
- ELAS não gostam de pilas pequenas;
- ELAS não gostam de pêlos a mais;
- ELAS não gostam do resultado de "campeonato nacional+liga doscampeões+taça uefa+taça de Portugal";
- ELAS não gostam de sexo oral sofrível e insuficiente;
- ELAS não gostam que cocem os tomates (muito menos em público);
- ELAS não gostam (nem acham sexy) as barrigas de cerveja;
- ELAS não gostam de tampas da sanita levantadas;
- ELAS não gostam de ejaculação precoce;
- ELAS não gostam que cortem as unhas dos pés em cima da mesa da sala;
- ELAS não gostam de mãozinhas sapudas (e pouco hábeis);
- ELAS não gostam das amigas deles e das ex-namoradas, essas, nem falar;
- ELAS não gostam de slips nem de boxers com ursinhos;
- ELAS não gostam de atrasados emocionais;
Se os homens deste país se deparassem com estas publicidades, tentariam resolver algumas das questões apontadas? Não, pois não? Então deixem lá mas é a nossa celulitezinha sossegada e não nos obriguem a andar com uma régua na mala! Tenho dito.
Autora desconhecida.

Apontamentos nocturnos

A associação de pais de um jardim de infância do concelho de Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, está em luta pelo afastamento de uma tarefeira infectada com o vírus da sida.
Garantindo que não se trata de um acto discriminatório, a referida associação aduz uns quantos argumentos na defesa da sua tomada de posição, um deles absolutamente desconcertante: a tarefeira não possui condições para exercer a respectiva função.
A fonte a que me reporto (Jornal de Notícias de 18-10-2006) é omissa quanto ao nível das qualificações de que alegadamente carece a tarefeira, se literárias ou técnicas.

Isto dá que pensar…
Penso que a Assembleia da República tem de alterar a legislação que enquadra a admissão de tarefeiras. As candidatas deverão possuir doutoramento (preferencialmente) ou mestrado na matéria.
Por outro lado, as tarefeiras no activo deviam frequentar regularmente acções de formação, sendo as suas funções asseguradas pelas associações de pais, às quais não faltarão, com certeza, elementos com habilitações altamente qualificadas para varrer as salas de aulas e limpar as cagadeiras dos alunos. Talvez assim consigam incentivar os seus rebentos a seguir a carreira de tarefeiros, que é o que está a dar.

E que fique bem claro que a sida nada tem que ver com isto.

18.10.06

Quem souber que responda

Antes, ainda vá que não vá...
Mas agora, que parece ter arranjado uma namorada, por que diabo o Sócrates continua a foder os portugueses?

Lata do caralho...

Segundo o secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, a culpa do aumento do preço da electricidade... “só pode ser imputado aos consumidores”.
“São os consumidores que devem este dinheiro. Não é mais ninguém”, afirma o tal secretário, afirmando que “este défice tem de ser pago por quem o gerou”.

Não me vou alongar em relação a estas afirmações, sob pena de insultar fortemente o respectivo autor.
Mas sempre deixo no ar uma pergunta:
Por que é que o défice do Estado, responsabilidade exclusiva das resmas de políticos que se têm sucedido, não é pago por quem o gerou?

Sai uma revolução fresca, por favor. Para já!


Fonte: Diário Digital/Lusa, 18-10-2006.

Águas de Alhadas

Dizia o Inspector Varejeira, em comentário ao “post” intitulado “Eis o que eu chamaria prosa de encher...”, que “esta era uma região rica em águas puras muito apreciadas e até comercializadas em tempos áureos da nossa história regional”.

De facto, assim era.
Em diversas edições d’ A Voz da Justiça de 1920 figuram anúncios como o abaixo exposto.

estou aqui à 1h30 e não me apetece fazer nada... que merda...

17.10.06

Eis o que eu chamaria prosa de encher...

Despem-se as árvores das suas galas... calam-se os lindos cantores alados... e as fontes, que ainda há pouco brotavam leves fios de água, já hoje deixam correr a fresca linfa em grande abundância.
Estão retirando desta linda aldeia as várias famílias que da capital para aqui vieram passar a estação calmosa; é que se aproxima o inverno, sempre monótono e triste, obrigando assim as formosas lisboetas que, com as suas toilettes garridas e a sua mocidade fresca e graciosa, imprimiam à monotonia da aldeia uma nota alegre e encantadora...
Porêm, um ano depressa se passa, e assim, cá as esperamos de novo, e, entretanto, que sejam felizes nos seus amores...

In A Voz da Justiça de 19 de Outubro de 1920.

Como imaginarão, a "aldeia" referida no texto (manteve-se a grafia original) é Alhadas.

Saúde a retalho

Diz o ministro da Saúde que 5 euros por cada dia de internamento hospitalar é um preço razoável, que "nem sequer paga a refeição"...
Foda-se! As merdosas refeições servidas nos hospitais custam mais de 5 euros cada?!
Por esse dinheiro vou ali à Celeste, onde me servem um alguidar com comida de razoável qualidade, acrescido de salada e bebida - cerveja/vinho e café.
P'ró caralhinho mais este discurso...
Curiosa é a resposta do Correia de Campos às críticas de Manuel Alegre a propósito desta matéria...
Diz o ministro-merceeiro que não votou no Alegre, nem para a direcção do partido socialista nem para a presidência da República.
Contra argumentação deste calibre... não há argumentos.

16.10.06

A rima que tem razão
não conta p’ró totobola
Diz quem pensa que o chão
É para andar com a carola

Com a carola andamos nós
Cheia de sebo e de esterco
O negro desígnio, atroz
Aperta-nos de novo o cerco

Apertamos o cerco é certo
Certo seria resistir
O cerco não é tudo o resto
Nem sempre o bom é fugir

Nem sempre o bom é fugir
Muito menos só sonhar
O rumo que há-de surgir
Temos nós de o encontrar

Tal caminho nem sabemos
Se a algum destino nos leva
Se aos pólos quando faz sol
Ou ao equador quando neva

Seja o que for que nos trouxe
Deve saber que nos traz
Não temos de comer doce
nem de beber água-raz

Ao caminho não sabemos
Quando termina a jornada
Talvez ao cabo cheguemos
numa bela madrugada

Viver...

...foi o nome que dei a um pequeno poema(??) que fiz e que postei aqui no blog. Entretanto verifico nos comentários que o todo bêbado e vomitado ficou com a ideia que o poema seria da Florbela Espanca. E por este motivo deduzo que talvez outras pessoas tenham ficado com a mesma ideia. Sinto-me enbevecido mas realmente o poema (??) é meu.
E para esclarecimento do todo bêbado e vomitado, informo que seria incapaz de usar qualquer trabalho de outrêm como sendo meu. E isto não tem a ver com legalidades e legalismos. Tem a ver com principios éticos. Meus.

13.10.06

Estou a entrar em ebulição com esta merda de não aceder ao Blog nas devidas condições.
Para mim chega de blogosfera.
Vou dedicar-me à horticultura.
Hasta la vista...
Porra p’ra isto
Parti um dedo
nasceu-me um quisto

O mundo é bera
Té mete medo
À filoxera

Só animais
vindos do degredo
com dores anais

Varicosos seres
empalados cedo
e ala p’rós prazeres

Vida ingrata
Raiz do segredo
Do que nos mata

Voemos na boa
Paramos no rochedo
A perguntar pela broa

Os espanhóis
Entendem um credo
E não são si dois

Porra, p’rá porra
De quem é o folguedo
De nós ou da jorra

Ou da Zorra?

12.10.06

Adopção gay

Dado que acompanhei a polémica (pobre em conteúdo opinativo e rica em insultos gratuitos) referente à postagem do Cerejeira, não posso passar sem me manifestar.

Antes faria um parêntesis para salientar o seguinte. Ninguém é forçado a ler ou comentar aquilo que escrevo. Façam-no se assim o entenderem.

Parece-me que o curioso comete um muito grave erro de interpretação na leitura que faz aos comentários da jata, a que se deve a impaciência (??) da parte dele – troca as mentes mentirosas pelas mentes pensantes – e, a partir dai enfurece-se e parte para o insulto fácil e boçal. Fúria atrai fúria e a jata defende-se insultando. Talvez fosse mais útil tentar explicar a situação ao indivíduo, fazer-lhe ver a luz (dela). Enfim, falar é fácil. Eu próprio já fui algo insultuoso com a jata em postagem que não recordo, reagindo à tentativa ingénua dela de tentar fazer deste blog um paraíso de meninos bem comportados, cordatos e sem opinião (idiotas portanto).

Curioso, ficaria bem ponderares, reler a postagem e seus comentários e ....faz o que te apetecer.

Jata, parecem-me as tuas opiniões um pouco superficiais. Fruto mais do “politicamente correcto” do que propriamente de um raciocínio profundo e sobretudo fundamentado. E repara que disse parece-me. Isto é, não te ponhas já a insultar-me mentalmente para depois o passar para o blog.

Finalmente (para alivio dos que resolveram ler), gostaria de dar a minha opinião em relação ao tema gerador da polémica.

Adopção homossexual. Em definitivo, não tenho opinião. Parece-me que a criança desenvolver-se-á de forma mais harmoniosa no seio de uma família convencional. Isto é, um pai do sexo masculino e uma mãe do sexo feminino. Todavia, não é tão linear assim. Como diz a jata – e ela di-lo de tal forma que nos fica a sensação de que os pais biológicos são todos uns psicopatas e os pais homossexuais uns abençoados – há crianças violadas pelo próprio pai, com a complacência da própria mãe ( assustador, não é?). Adiante.

Quanto à homossexualidade ser algo genético, não sei quem provou essa merda. Talvez a jata nos possa ilucidar. A verdade é que existem pais cujo filho é aquilo e a irmã aqueloutro e os avós são o que são e os netos serão o que forem e não sei onde é que fica a hereditariedade homossexual.

Nas casa pias espalhadas pelo mundo, prolifera a homossexualidade. Parece-me que tem mais a ver com a tradição do que com a hereditariedade.

Liberdade, Igualdade e Fraternidade... Não era este o lema dos francius?

“Os deputados franceses adotaram [sic] hoje um projecto de lei que prevê um ano de prisão para quem negar o genocídio arménio pelos otomanos na Guerra Mundial I, uma iniciativa que causou irritação na Turquia e advertências sobre eventuais represálias económicas”.
Diário Digital, 12-10-2006

Pois é... nas sociedades ditas democráticas sucedem-se, sob as mais diversas formas, os atentados à liberdade de expressão.
Tudo em nome da democracia, claro está...

Juventude brochista

Nos meus tempos de chavalo, quando a malta se desentendia a coisa resolvia-se à chapada.
Coisa antiquada, está bom de ver...
Os putos de agora resolvem as desavenças... à brochada!
Segundo o diário As Beiras, a PSP da Figueira da Foz deteve quatro jovens "por sevícias sexuais a um elemento do próprio grupo (...) De acordo com fonte policial, os presumíveis agressores terão forçado a vítima a praticar sexo oral com o grupo, na sequência de uma desavença interna".

11.10.06

Estava aqui a pensar

que o mundo tem cérebros a mais e os cérebros têm mundo a menos.

Estava aqui a pensar...

Hoje em dia fala-se muito do contributo deste ou daquele sector profissional para o PIB.
A classe política contribui com que percentagem?

Era mesmo necessário?

Nos chamados Jogos da Lusofonia, a selecção portuguesa de futsal goleou a de Timor Leste por... 56-0.
Ainda que invoquem o princípio da competitividade, não me conformo com esta atitude que classifico de miserável.
Os timorenses não mereciam tal humilhação.

Viver

Malfadadas as correntes da vida
Fado maldito que nos tolhe o espirito e a acção
Tomara partir um elo que fosse
Libertar-me da grilheta
E conformado
Arrojar as correntes vida fora
Sem ruído nem alarido

Que o meu corpo se junte ao meu espirito
Em alegria
E festejemos ambos a ventura do elo quebrado

Que assim seja

Não quero nada
Não desejo nada
Tão só a vida que me deram
E usá-la

Negócios de Estado

Acabo de ler, no Jornal de Negócios online, que "o Serviço Nacional de Saúde" (SNS) deverá registar, pela primeira vez na sua história, um resultado positivo num exercício"...
Então é essa a ideia, o SNS dar lucro?
Estamos conversados...

10.10.06

Qual é a novidade?

Acabo de ouvir dizer que 1 em cada 3 parlamentares italianos consomem drogas...
A única surpresa deste "estudo" (que teve a colaboração - sob o signo da confidencialidade - dos visados) é que a razão não seja, pelo menos, de 2 para cada 3.
Afinal, ninguém, no seu perfeito juízo, consegue suportar a existência sem recorrer a drogas, sejam elas a heroína, o futebol, o álcool, os morangos com ou sem açúcar...
Segundo apurei junto de fonte bem colocada na Assembleia da República (Portuguesa), só ainda não se fez um "estudo" similar em Portugal por motivos de classificação.
Motivo?
A comissão parlamentar pré-designada para o efeito, após consulta junto dos mais renomados especialistas, concluiu não estarem reunidas as condições para tal desiderato, dado que o Alberto João Jardim não é deputado.
E eu compreendo. Isto de drogas de toda a sorte e a rodos não é para quem quer... mas para quem pode!
Foda-se! Já nem sei o que estou a dizer. Até parece que estou drogado!
Mas não estou. Só quando chegar a casa é que vou fumar um charrito.
Moral da história 1: se fosse parlamentar, quando chegasse a casa dava gás à coca que os meus queridos eleitores se encarregam de financiar.
Moral da história 2: o charrito chega para acelerar o vinho que a esta hora me conduz.
Moral da história 3: drogado e bêbado? Sim, mas à minha custa...
Deixo a poeira para os políticos! E para os respectivos apaniguados, que consomem a poeira... que lhes é lançada aos olhos...
E foda-se!
Vou fumar um charro e que se fodam os drogados...
E foda-se outra vez, que estou sem pachorra para me aturar.
Amanhã vou ler o que acabo de escrever sem olhar para trás. Deve estar jeitoso...
E refoda-se, não é, Recínico?

Qual a rádio que deve ser ouvida no Blog?

A esta pergunta já responderam, até há poucos minutos, 58 pessoas.
Quatro (4) dessas pessoas indicaram a Rádio Maiorca.
Será no gozo?

Polémica II

Vendo no seu muito conceituado jornal n.º 1793, de 28 de maio, a acusação que me é feita, com relação à distribuição do açucar nesta freguesia, pelo Sr. Joaquim Rodrigues de Lemos, venho pedir a V... um cantinho do seu jornal para esclarecer os seus leitores.
O sr. Joaquim Rodrigues de Lemos diz que eu, na qualidade de regedor, não distribuí convenientemente o açucar. Ora o sr. Lemos não pode provar com pessoa alguma que eu passei senhas para 6 quilos; para 3 quilos, sim, para os representantes da Junta de Freguesia e para os que me auxiliaram na referida distribuição.
Faz-se referência ao pêso de 850 gramas, 750 gramas, etc., e não 1.000 gramas. É menos verdade. Demais, eu apenas distribuí as senhas, não me cabendo responsabilidade na pesagem, que foi feita por dois comerciantes que não estão nas boas graças do sr. Lemos. Esta é que é a verdade.
Se a senhora a quem o sr. Lemos se refere, que é sua filha, recebeu meio quilo de açucar, sendo a sua família de duas pessoas, muitas outras casas, com família mais numerosa, receberam essa quantidade, e não foi preciso tocar viola.
Como pode o sr. Lemos provar, que minha filha, Rosa Luz de Quadros Pessoa, recebeu 4 quilos de açucar, se isso é falso?
Sabe-se perfeitamente que estas falsas acusações são motivadas por questões familiares.
Quando o sr. Joaquim Rodrigues de Lemos foi presidente da Junta desta freguesia, fez a distribuição do açucar da seguinte forma: passava senhas, recebendo por cada uma 0$02, e fazia o que queria, quer dizer, passava senhas de mais, recebendo o dinheiro, não havendo depois açucar para tôdas as senhas passadas.
E não é só isso. A tabela, nesse tempo, era de 0$50. Pois o sr. Lemos, de combinação com o comerciante sr. Saltão, a certa altura tapou as bôcas aos sacos, ficando ainda vários quilos de açucar, os quais, depois de terminada – bela distribuição, foram vendidos por duas mulheres, por vários pontos da freguesia, ao preço de 1$50. Disto eu dou provas.
E para onde foi esse dinheiro?
Eis a dignidade dos acusadores.
Com as distribuições que tenho feito, ainda não me aconteceu o que aconteceu ao sr. Lemos, que esteve prestes a ser preso, valendo-lhe um cidadão... que já não existe.
Não faço aqui a biografia do sr. Lemos para socêgo do meu espírito, mas direi que êle, para se não referir a questões familiares, vem com o docezinho. Não pega.
Peço-lhe, sr. Redactor, que me desculpe por lhe roubar tanto espaço, pelo que lhe fico muito grato.

De v. etc.
Adelino Pessoa

In A Voz da Justiça, 11 de Junho de 1920

Polémica I

Cumpre-me participar a V... como é feita, hà bastante tempo, a distribuição do açucar pelos comerciantes desta localidade, assim como também a distribuição das senhas pelo ex.mo Regedor desta freguesia.
Há comerciantes nesta localidade para quem o pêso do quilo comporta apenas 850 gramas, 750 gramas, etc., e não 1.000 gramas.
Dirigindo-se na última distribuição uma senhora, e alêm desta muitas mais, a casa do ex.mo Regedor, para adquirirem uma senha correspondente a um quilo, êste deu-lhe uma senha de meio quilo; em seguida ela pergunta-lhe: então o senhor dá-me uma senha para meio quilo? Ele, fazendo uns gestos, tocando viola no peito com as mãos, respondeu: “quantas pessoas são?” “Duas” “Então fabrique-os primeiro.”
Uma filha casada do ex.mo Regedor, de nome Rosa Luz Quadros Pessoa, pôde adquirir senhas para 4 quilos de açucar; e aquela dita senhora, apenas uma senha para meio quilo? Não sei como se possa admitir isto, visto a filha do ex.mo regedor ser só e seu marido.
Houve casas de família com seis e mais pessoas que tiveram apenas meio quilo, e outras, com menos de cinco pessoas, quatro e seis quilos.
Querendo V. posso provar isto com testemunhas e para que não se repitam factos desta natureza, venho relatá-los, e, a quem competir, peço providências, como fôr de justiça.

De v. etc.
Alhadas, 20-5-920
Joaquim Rodrigues de Lemos

In A Voz da Justiça, 28 de Maio de 1920

Curiosidades...

No rescaldo da I Guerra Mundial, o açúcar era um dos géneros alimentares sujeitos a racionamento.
Como se imagina, tal situação seria geradora de negociatas entre fornecedores e distribuidores do produto.
Atentemos na seguinte polémica sobre a distribuição do açúcar em Alhadas no decorrer de 1920.
Como venho fazendo em "posts" do género, opto por manter a grafia original dos textos em análise.

9.10.06

O Bush disse que a comunidade internacional responderá a Pyongyang...

Comunidade internacional?!
Que merda é essa?

Já que isto hoje anda algo "homossexualizado"...

Esta rapariga já foi mais bela!
Uns certos senhores/senhoras panascas/fufas gananciosos deram cabo dela...

Adopção gay

A propósito do “post” com o título acima indicado, da autoria do camarada Cerejeira, lembrei-me das rigorosas prescrições das leis antigas a respeito da homossexualidade.
Vejamos, pois, o que diziam as Ordenações Filipinas (as mais modernas e um pouco mais brandas do que as precedentes Afonsinas e Manuelinas), designadamente no Título XIII: Dos que cometem pecado de sodomia, e com alimárias.

Toda a pessoa, de qualquer qualidade que seja, que pecado de sodomia [1] por qualquer maneira cometer, seja queimado, e feito por fogo em pó [2] para que nunca de seu corpo e sepultura possa haver memória, e todos seus bens sejam confiscados para a Coroa de nossos Reinos, posto que tenha descendentes; pelo mesmo caso seus filhos e netos ficarão inábeis e infames, assim como os daqueles que cometem crime de Lesa Majestade.
1. E esta lei queremos, que também se entenda, e haja lugar nas mulheres, que umas com as outras cometem pecado contra natura, e da maneira que temos dito nos homens.
2. E esta lei queremos, que também se entenda, e haja lugar nas mulheres, que umas com as outras cometem pecado contra natura, e da maneira que temos dito nos homens.
3. Outrossim qualquer homem, ou mulher, que carnalmente tiver ajuntamento com alguma alimária [3], seja queimado e feito em pó.
4. Porém, por tal condenação não ficarão seus filhos, nem descendentes neste caso inábeis, nem infames, nem lhes fará prejuízo algum acerca da sucessão, nem a outros; que por Direito seus bens devam herdar.
5. E as pessoas, que com outras do mesmo sexo cometerem o pecado de mollicie [4], serão castigados gravemente com degredo de galés e outras penas extraordinárias, segundo o modo e perseverança do pecado.

[1] Na punição deste crime não se compreendiam os menores, que eram a arbítrio castigados pelo Juiz.
[2] Neste caso, como no de heresia qualificada e pertinazmente sustentada, não era o culpado previamente estrangulado. Era queimado vivo.
[3] Note-se que, sendo queimado o delinquente, também o era a alimária de que se servira.
[4] Por mollicie deve entender-se masturbação.

Curiosidades

Serviço braçal prestado no anno de 1909, equivalente a 200 reis por cada dia de serviço pessoal, 800 reis por cada dia de serviço de carro de bois e de 600 reis por cada dia de serviço de carro de vacas

Caminho de Brenha ás Alhadas de Baixo – 112$700


Viação não classificada

Construcção

Caminho de Brenha ás Alhadas de Baixo
Mac-adam ........ 1.225 m2,00
Terraplanagem ........ 2.000 m2,00
Custo – 83$580 reis

Caminho do Camarido aos Casaes
Mac-adam ........ 653 m2,00
Terraplanagem ........ 2.000 m2,00
I aqueducto de 6 m,00 x 0 m,60
Custo – 48$840 reis

Caminho da Bicca ás Alhadas
I aqueducto de 7 m,00 x 2 m,00
Custo – 26$300 reis

Caminho da Bicca ao Pincho
Custo – 5$160 reis

Caminho das Alhadas de Baixo á fonte do Olho do Sacco
Mac-adam ........ 90 m2,00
Valletas ........ 100 m2,00
[não refere o custo]

In Câmara Municipal, apresentado na sessão de 26 de Janeiro de 1910, Figueira da Foz, 1910, pp. 13-14, Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás

8.10.06

Adopção Gay

Diz o "Sol" que vários deputados socialistas mostram-se favoráveis à adopção de crianças por casais homossexuais. Ocorre-me logo o pior dos terrores, quando penso no regresso às aulas de uma dessas crianças com pais gay. O ruído de fundo vira zombaria sempre que a professora quer que o menino Joãozinho (que raio, sempre o Joãozinho) diga o nome, primeiro do pai, depois o da mãe.
- António Piscarreto, sra professora.
- Muito bem menino Joãozinho, e o nome da mãe?
- Amilcar Moreira, sra professora.
...
É grave...
Por outro lado, não resisto a expor a parte comovente da ideia. Basta pensarmos na resposta à pergunta, a criança a adoptar, vai para melhor?
A solicitação de adopção de uma criança com Sida, ou Parkinson se quiserem (que todos sabemos, ninguém quer adoptar), por parte de um casal homossexual, tem de ser encarada como uma grande dose de humanismo, dado que a criança até então rejeitada, passa a partir de agora a poder usufruir dos afectos de uma família e do carinho que alguém lhe ficou a dever.
Sinto os pratos da balança em equilíbrio, mas gosto de pensar na óptica do adoptado. Vai para melhor? A ver vamos...

6.10.06

O veneno do Cupido

Hoje apeteceu-me refletir sobre os sentimentos que unem os homens e mulheres, e vice versa. Não me levem a mal ocupar este espaço para dizer estas coisas, mas estou a sofrer os efeitos nefastos daquela fase em que não se sabe bem o que fazer. O dilema é aquele que qualquer homem já ultrapassou (ou não), no qual somos apanhados de surpresa com os beijos e abraços da nossa mulher ao amigo dela do décimo ano. Senti-me invadido pelo veneno da cólera cupídica, pelo que não resisti a um pequeno escândalo, ao qual juntei uma pitada de mau-humor cínico, sempre acompanhado pelo típico karaté verbal da praxe. Lava-se roupa suja, atiram-se meias pela janela e perde-se um bocado a noção do tempo e espaço. Do tempo, porque não era aquela a altura certa (para ela), para despoletar a granada do ciúme. Do espaço, porque o meu xixi territorial não é suposto marcar o raio de acção dela. Apenas o meu...
Não queria perturbar o(a) leitor(a) com as minhas lamúriaS, mas estou preocupado com a minha sanidade mental, no que diz respeito á forma de lidar com uma possível parelha de cornos, agora agravada pela imbecilidade de não manter a classe nesta situação, e que, bem feita a coisa, dava para ter sido aproveitada por mim para uma noite (ainda) mais em beleza.

Pode ser que uns dias sem sair de casa, e a consequente estadia no sofá a assistir à Floribela, servida como aperitivo das Cobras & Lagartos, traga de novo alguma paz de espírito ao meu lar. Esqueci-me só de salientar o facto de a série Jura estar proíbida naquele sofá a dois...

4.10.06

Querem uma boa notícia?

Nos próximos dias, este Blog terá uma oportunidade de ouro para ganhar qualidade e credibilidade.
Vou gozar umas fériazitas.

Sonhos pintados em pedra de gelo
Tinta que o lento aquecer da água espalhou no chão
E ficou, triste borrão, porém belo
contrastando com o frio do meu coração

Mais cedo que o anunciado
Virá do céu um clamor
Vibrando puro pavor
no humano condenado

São as álgidas trombetas
Chamam ao juízo final
Os que aceitaram o mal
mantendo o bem nas grilhetas

Prostra-te ó ingrata prole
Negastes o sol que se abria
Encarcerastes o dia
Agora o breu vos engole

É a purga dos pecados
Acerto de velhas contas
Esta besta não a montas
Somos nós os dominados

Faz-te à vida, não demores
dá o salto, vai em frente
Vai e avisa toda a gente
Não dês descanso aos tambores

Juntemo-nos fora da cerca
Junto ao oráculo do sol
façamos nós de farol
Para que a nave não se perca

3.10.06

O efeito do aquecimento global...

O choque tecnológico vai de vento em pôpa...



Segundo o Diário de Notícias, um dos assuntos do dia na reunião de Câmara do município figueirense, realizada ontem, era a questão da atribuição de subsídios às colectividades.
Ao que parece, chegados a este ponto a oposição abandonou a sala na hora da votação...
Face a este facto, Duarte Silva afirmou que "é uma postura que prejudica o povo que neles votou e que tem nos representantes socialistas pessoas que desaparecem das reuniões por artes mágicas quando os assuntos não interessam".
Por artes mágicas?!
Alguém conhecedor dos meandros da Câmara me consegue explicar isto?
O Zé e a Maria, cheios de alegria, vão para o trabalho
O piqueno vai p’ràvó
Quando ele se casar
Ainda não pagámos o (jantar) andar

E até mete dó
Tanta fábrica a fechar
Não chega o dinheiro a chegar
A alma sente-se só...
A vida dói p’a caralho

2.10.06

Em "post" editado em 22 de Agosto de 2006, publiquei a foto que agora volto a apresentar...

E porquê?
Porque suspeito que a proprietária da portentosa penugem rapou a dita cuja e cedeu-a à cantora Diana Ross.
Contudo, como se vê abaixo, esta última não soube fazer uso de tão peculiar adereço...

Dá para entender?

Acabo de ler no Diário Digital (citando o Diário de Notícias de hoje), que 51,7% dos inquiridos pelo barómetro DN/TSF/Marktest, questionados sobre se sentiram "pessoalmente afectado(s) pelas medidas de controlo das contas públicas tomadas pelo Governo"... responderam negativamente!
Mais interessante ainda é que, segundo o Diário de Notícias, a maioria daqueles que dizem sentir-se afectados pertencem à "classe alta e média alta", enquanto que entre a chamada "classe média" 60,9% "afirmam não estar a ser prejudicados pelas medidas do Governo".
Há aqui qualquer coisa que não bate certo...

Aldra... bões, aldra... bices, é só... coro!

Em Fevereiro de 2002 enviei cartas a todas as juntas de freguesia do concelho da Figueira da Foz, solicitando que me informassem quanto ao número de eleitores, residentes e km2 da área das respectivas freguesias.
Não é que necessitasse de tal informação, pois tinha todos esses dados (oficiais) em minha posse. Fi-lo apenas porque sei o quanto os autarcas adoram empolar números (quando lhes convém...).
Assim, conclui, mormente no tocante ao número de residentes, que os mais aldrabões eram os autarcas de Paião, Quiaios, S. Julião, S. Pedro, Lavos e Buarcos, sobretudo os três últimos.
Abaixo indico os valores que os ditos cujos me forneceram, colocando entre parentesis os números oficiais apurados pelo Instituto Nacional de Estatística - Censos 2001.
Paião (2.404) = 3.000
Quiaios (3.118) = 4.000
S. Julião (10.848) = 12.473
S. Pedro (2.705) = 6.000
Lavos (4.171) = 10.000
Buarcos (8051) = 18.000
Vem isto a propósito de quê?
Ainda hoje, no respectivo "site" (www://jf-buarcos.pt), a junta de freguesia de Buarcos exibe o exorbitante número de 18.000 residentes...
É a isto que se chama o engrandecimento de uma freguesia?

As pigmentações da justiça

Como se infere da leitura do artigo supra, publicado no Diário de Notícias de anteontem, o especialista que analisou os genitais do Carlos Cruz (há gostos para tudo, neste mundo de Cristo…) concluiu que o jovem que acusa o ex-apresentador mentiu, pois exagerou no tamanho da mancha que este tem no respectivo órgão.
Eu pergunto: mas o que é que isso interessa?
Afinal, seja a mancha maior ou menor do que refere o acusador, como é que este teve conhecimento de tal pormenor?

Não o posso provar, como é evidente, mas creio que a tal mancha tem origem em sítios pouco recomendáveis onde o Cruz foi introduzindo os genitais.
E se todo este processo não houvesse sido desencadeado, sabe-se lá as proporções que a mancha não teria atingido…
Moral da história: nada tenho contra quem tem tendências homossexuais; não é problema meu.
Mas acontece que estamos a falar de pedofilia, um crime tão hediondo como a Justiça, cuja famosa (e diz-se que cega…) balança pende sempre para o prato onde se colocam os euros…

Nossa Senhora do Caravaggio que os foda

Carlos Castro, conhecido cronista do social, foi capa da revista “Pública” de ontem, que incluía uma entrevista na qual o dito cujo largou umas pérolas como por exemplo esta:
“Costumam dizer que também fui eu que a criei. A Lili [Caneças] continua a ser a Maria Alice que eu conheci em 1976: alegre, bem disposta, culta”.
A Lili Caneças, culta?
Pois… E o Tino de Rãs já merecia o Nobel da Literatura!

Na referida revista apresentam-se algumas fotos do entrevistado em várias fases da vida do mesmo.
Escolhi apenas uma, aquela que me parece a mais consentânea com a vivência do castrado, perdão, do Castro.
Digam lá que os fotografados não fazem um belo parzinho…

Quem é que paga?

O Zé Sócrates garantiu, aquando da inauguração da A-25, que nesta auto-estrada só se pagará portagem quando “esta zona do país se desenvolver”.
Leia-se: na A-25 jamais se pagará portagem.