Sr. Cèptocínico:
Em resposta à sua "postagem" devo dizer-lhe, em primeiro lugar, que não disse que V. Ex.ª era um "desgraçado" por se estar nas tintas para a História. Cada qual foca a sua atenção naquilo que bem entender.
Quanto às contradições dos "escribas" de tão insignificante matéria... nada mais natural. A História não é propriamente biologia molecular. E mesmo neste campo, como noutros similares, não raro os cientistas se contradizem.
Afinal, se todo e qualquer "conhecimento" é intrínseco aos homens, todo o conhecimento é necessariamente subjectivo. A objectividade prende-se mais com os efeitos práticos que esse "conhecimento" repercute na acção humana. E ainda assim, tais repercussões são sentidas e pensadas pelos homens de maneiras díspares.
Porque o passado é irrepetível, não podendo ser submetido à experimentação, ao contrário das ciências da natureza, não surpreende que existam contradições entre os historiógrafos.
A questão é: os historiógrafos expõem as suas interpretações fundamentando-as, isto é, fornecendo os dados em que alicerçam tais interpretações?
Quanto às contas bancárias, não sei que lhe diga. Mas custa-me a crer que um historiógrafo, digno desse nome, que "perde" anos numa investigação, consiga engordar a respectiva conta bancária com a venda das conclusões a que chegou. Se me falar nas editoras...
Mesmo assim, não me parece que a História constitua um mercado lucrativo... e os motivos estão à vista.
6 comentários:
Sr. Luis Pedreiro
Folgo que esteja de volta.
Repare que eu não disse que o Sr. tinha dito que eu era um desgraçado. Eu perguntei. De qualquer forma considero-me mais uma desgraça no meio de tantas, do que própriamente um desgraçado.
Hoje morre um tipo importante. Ficamos á espera de saber as causas da morte e verificamos que as sucessivas autópsias são inconclusivas.
Fico na mesma!.
Depois vêm uns historiadores dizer que Jesus Cristo era um putanheiro e tinha filhos espalhados por toda a palestina. E baseiam as suas conclusões nos tais dados que interpretaram.
Não percebo nada de medicina nem de teologia. A escutar todas estas eminências tambêm não vou a lado nenhum.
Sou um céptico.
Uma nota: nem estou de volta nem me interessa a história dos indivíduos individualmente considerados.
O que me interessa é a história colectiva dos homens, que muito me ensina a melhor compreender certas merdas dos homens de hoje.
Cumprimentos
Óptimo .
Mantenha-se assim, seja você, e seja feliz o mais possivel.
Igualmente, obrigado.
Irrepreensível sr. Pedreiro. Também estudámos esse assunto na quarta classe antiga, sabe? Aquela coisa da historiografia em que o historiador pode estar de diarreia e temos de ter cuidado com o que sai do meio da merda, não é sr. Pedreiro?
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