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31.5.06

Versando sobre o aumento do pénis, o artigo do Sr. Inspector Varejeira encontrou eco em muitos dos alhadenses.
Por volta das 11:30 horas, o stock da loja do Sr. Mário já se tinha esgotado.
Eis o felizardo que ficou com a última embalagem do produto.

Governo adere á euforia do mundial.


Após a visita efectuada pelo nosso primeiro às humildes instalações da nossa selecção nacional convocou uma conferencia de imprensa onde assumiu os seguintes compromissos:

1º Se Portugal for aos quartos de final cancelam o encerramento das maternidades, principalmente a de Elvas para enaltecer a nacionalidade e aumentar o numero de adeptos.

2º Se Portugal for às meias finais baixam a idade de reforma para os 50 anos.

3º Se Portugal for à final reduzem significativamente o preço dos combustíveis.

4º Se Portugal for campeão mundial obviamente demitem-se, com sentido de dever cumprido e reformam-se condignamente.

post scriptum:

Qualquer semelhança entre o dever cumprido e a triste realidade é pura alucinação.

Qualquer semelhança entre reformar-se condignamente e a triste realidade é pura premonição.

Confissão

A quem quiser saber, venho por este meio confessar o mal que tenho feito no seio da internet, ao divulgar produtos duvidosos e a invadir selvaticamente as caixas de correio e-mail de todos vós.
Não consigo arranjar argumentos para justificar tamanha alarvidade. A única coisa que me dá algum alento é saber que a internet não chegou ainda a alguns sítios visitados pelo Cavaco Silva e a todos os demais lares que ainda não alugaram as poderosas linhas da pt.

Contudo, vou-me redimir!

Quero que todos vós sejam testemunhas deste grande momento de redenção e que obviamente comprem o meu produto que entrego em mão ali na Rua do Falo, 1º drt, Cave. Este produto como podem ver é 100% garantido.

30.5.06

Ad i Vinho

Quer seja curto ou comprido
Quer seja fino ou mais grosso
É um órgão muito querido
Por não ter espinhas nem osso.

De incalculável valor
Só temos um nada mais
E desempenha no amor
Um dos papéis principais.

Quando uma dama aparece
Ei-lo a pular com fervor
Se é rapaz novo, estremece
Se é velho, não tem vigor.

O seu nome não é feio
Tem sete letrinhas só
Tem um R e um A no meio
Começa em C e finda em O.

Nunca se encontra sozinho
Vive bem acompanhado
Por outros dois orgãozinhos
Junto de si lado a lado.

O nome destes porém
Não oferece confusões
Têm sete letras também
Têm um L e termina em ões.

Não julguem ser má fé minha
Tirem as vossas conclusões
Os orgãos desta adivinha
São o ....... e os ....... .


Se sabe, deixe o seu palpite nos comentários.

In "Poema da loucura e outros poemas loucos", Cerejeira

29.5.06

Poema da Loucura

A pedido de várias famílias, cá vai:

A loucura é um estado
De perfeita lucidez
Embora mal amado
Até parece ser o lado
De onde surge mais sensatez

Mesmo os loucos e alienados
Têm poderosas questões
Desde sempre ignorados
Mesmo assim deixam pasmados
Os que escutam suas ilusões

A loucura é o labirinto gigante
Dos jardins da personalidade
A modificação que garante
A extravagânca e o desplante
Do estigma da racionalidade

Queria mesmo ser um louco
Para conseguir ignorar
Que a ganância pouco a pouco
E este egoísmo mouco
Estam de facto a avançar

Na loucura está a liberdade
De sentir um outro deus
Pergunto-me será verdade?
Ou é apenas vontade
De voar por outros céus*

[*lugar onde, segundo as crenças religiosas, estão as almas dos justos (fonte:Dicionário OnLine http://priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx)]

Fonte: Poema da loucura e outros poemas loucos, Autor: Cerejeira, Edições: Ainda estou à espera do telefonema.

Apontamentos

1. O Ministério da Educação apresentou uma proposta de alteração do estatuto da carreira docente, a qual prevê que cada encarregado de educação avalie o desempenho de cada professor.
Bravo! Esta medida, com toda a certeza, traduzir-se-á num sucesso escolar a rondar os 100%. Digo mesmo mais: acho que deveriam ser os encarregados de educação a atribuir as notas aos seus educandos. Aliás, acho mesmo que o sistema de ensino deveria contemplar a hipótese de serem os encarregados de educação a leccionar as matérias, deixando aos professores o tempo necessário para educar os filhos daqueles, que além de burros na sua maioria, são mais mal educados do que o Alberto João Jardim.
2. O Zé Sócrates, timoneiro da nau (é mais uma traineira, mas...) portuguesa, anunciou a construção de uma auto-estrada "sem custos"(?!) que ligará Vila Real a Bragança.
Óptimo! O interior merece. Talvez por isso o Sócrates apelide a futura estrada de "auto-estrada da justiça".
Ora foda-se! Então vão fazer uma auto-estrada cheia de buracos, com um traçado feito só de curvas e precipícios?
Parece que sim, até porque os gajos dizem que a auto-estrada, pelo menos entre Amarante e Vila Real, terá "perfil de túnel".
De facto, mais parecido com a justiça portuguesa não há. Só se for mesmo a auto-estrada que liga Fátima à moita dos pastorinhos.

Notícia de última hora

Nada satisfeitas com o facto de neste Blog se terem tecido comentários ao Café Com Esterco, as funcionárias do respeitável estabelecimento saíram à rua em protesto, exigindo o imediato saneamento de todo o corpo redactorial.
Assim que possível, desenvolveremos esta notícia com mais acuidade. Por enquanto, estando nós sitiados e com as comunicações cortadas, aguardamos a chegada da GNR, o que deverá acontecer lá pelo meio-dia de amanhã.

Notícia de última hora

Não se fala de outra coisa, esta manhã.
Ninguém sabe quem colocou este "outdoor" sem o necessário licenciamento. Mas sabe-se que a Polícia Judiciária do Barril já está em campo. Contactado o respectivo director, Inspector Vítor Biscas, este informou-nos de que já têm meia-dúzia de indivíduos sob vigilância, todos eles com ligações ao narcotráfico e ao vinho.
O presidente da Junta já mandou o Tó Vareja remover o "outdoor".

Ainda o Europeu de Sub-21

Tal como previ há uns dias, nem a N. Sr.ª de Fátima seria capaz de pôr a nossa rapaziada a jogar algo que se pareça com futebol... quanto mais ganhar por três!
Mas parece que houve quem tenha acreditado no milagre...

Foto-Reportagem

Ontem deu-me para ir matar o bicho à tasca do Sr. Mário Zarolho e aproveitar para entrevistá-lo. Acontece que o tasco estava fechado, a título definitivo, segundo me disse o Sr. Mário Augusto enquanto fotografava o local.

Porque me apeteceu enrolar um cigarrito longe de olhares curiosos, sugeri ao meu colega que fossemos até à Fonte Cainha. E assim foi, como o prova a foto abaixo.

Estávamos nós de saída quando a vela da nossa motoreta começou a deitar ar, pelo que tivemos de ir ao Júlio Mexilhão. Enquanto este consertava o veículo, o Sr. M. Augusto fotografou o Areeiro.

Arranjada a tarrasqueta, era nossa intenção ir ao Zé Ramalho molhar o bico. Contudo, andados alguns metros, quando metia a quarta, saltou um rolamento da transmissão e espalhámo-nos ao comprido. Todos cagados, tivemos de contratar uma lavadeira, a qual nos lavou à borla. A ela o nosso reconhecimento público através da óptica do nosso fotógrafo.

28.5.06

Grande Reportagem: como se governa quem nos governa

Através do site da Caixa Geral de Aposentações (http://www.cga.pt/publicacoes.asp?O=3), somos informados que 9 em cada 10 aposentados com mais de 5000 euros mensais, durante o ano de 2005, foram juízes durante a sua vida activa. Ocorre-me pensar que afinal não são só os políticos que deixam as torneiras abertas. E nem tudo está assim tão mal nesta nossa República (pelo menos para estes ilustres cidadãos do nosso Portugal). Senão vejamos:
As últimas eleições legislativas, mandaram para casa metade dos 230 deputados, uma vez que não foram eleitos pelo povo. Todos regressaram às suas antigas actividades, a regozijarem-se de terem terminado as suas funções de deputado. Pudera, estes e outros governantes que cessam funções, têm o direito por Lei (deles) a um subsídio que dizem de reintegração (lembrei-me dos presos...), que equivale a um mês de salário (3.449 euros) por cada seis meses de Assembleia ou Governo.
Deste modo, um deputado que o tenha sido durante um ano recebe dois salários (6.898 euros). Se o tiver sido durante 10 anos, recebe vinte salários ( 68.980 euros). Feitas as contas aos deputados que saíram, o Erário Público desembolsou mais de 2.500.000 euros. No entanto, há ainda aqueles que têm direito a subvenções vitalícias ou pensões de reforma (mesmo que não tenham 60 anos). Estas são atribuídas aos titulares de cargos políticos com mais de 12 anos.
Entre os ilustres reformados do Parlamento encontramos figuras como:

Almeida Santos...................4.400 euros;
Medeiros Ferreira..............2.800 euros;
Manuela Aguiar..................2.800 euros;
Pedro Roseta......................2.800 euros;
Helena Roseta.....................2.800 euros;
Narana Coissoró.................2.800 euros;
Álvaro Barreto....................3.500 euros;
Vieira de Castro..................2.800 euros;
Leonor Beleza.....................2.200 euros;
Isabel Castro.......................2.200 euros;
José Leitão..........................2.400 euros;
Artur Penedos....................1.800 euros;
Bagão Félix.........................1.800 euros.

Quanto aos ilustres reintegrados, encontramos os seguintes:

Luís Filipe Pereira................26.890 euros / 9 anos de serviço;
Sónia Fortuzinhos ...............62.000 euros / 9 anos e meio de serviço;
Maria Santos........................62.000 euros / 9 anos de serviço;
Paulo Pedroso......................48.000 euros / 7 anos e meio de serviço
David Justino.......................38.000 euros / 5 anos e meio de serviço;
Ana Benavente.....................62.000 euros / 9 anos de serviço;
Mª Carmo Romão................62.000 euros / 9 anos de serviço;
Luís Nobre Guedes..............62.000 euros / 9 anos e meio de serviço.

A maioria dos outros deputados que não regressaram estiveram lá somente na última legislatura, isto é, 3 anos, o que não deixa de ser suficiente para terem recebido cerca de 20.000 euros cada um.
Assim vai a classe que tem o atrevimento (para não lhe chamar lata), de pedir sacrifícios aos portugueses (leia-se aumento de impostos, etc, etc), para debelar a crise.
E já que estou a falar dos espinhos das rosas, permitam-me que partilhe com vocês outro caso de sucesso no nosso aparelho de estado.
Apesar de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa durante as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, está já reformado. A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a 3.035 euros (608 contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.
A generosidade estatal decorre da categoria com que foi aposentado - técnico superior de 1ª classe, segundo o «Diário da República»- apesar de as suas habilitações literárias se ficarem pelo antigo Curso Geral do Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade.

A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro privilégio raro, num país que pondera elevar a idade de reforma para os 68 anos, para evitar a ruptura da Segurança Social. O dirigente socialista entrou para os quadros do Ministério da Administração Interna em 1972, e dos 30 anos passados só ali cumpriu sete de dedicação exclusiva; três foram para o serviço militar e os restantes 20 na vereação da Câmara de Lisboa, doze dos quais a tempo inteiro.
Vasco Franco diz que é tudo legal e que a lei o autoriza a contar a dobrar 10 dos 12 anos como vereador a tempo inteiro, isto é, triplicar o seu salário.

Já depois de ter entregue o pedido de reforma, Vasco Franco foi convidado para administrador da Sanest, com um ordenado líquido de 4000 euros mensais (800 contos). Trata-se de uma sociedade de capitais públicos, comparticipada pelas Câmaras da Amadora, Cascais, Oeiras e Sintra e pela empresa Águas de Portugal, que gere o sistema de saneamento da Costa do Estoril.
O convite partiu do reeleito presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, cuja mulher é secretária de Vasco Franco na Câmara de Lisboa. O contrato, iniciado em Abril, vigora por um período de 18 meses.

A acumulação de vencimentos foi autorizada pelo Governo mas, nos termos do acordo, o salário de administrador é reduzido em 50% - para 2000 euros - a partir de Julho, mês em que se inicia a reforma, disse ao EXPRESSO Vasco Franco.
Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos da fazenda pública para o bolo salarial do dirigente socialista reformado. A somar aos mais de 5000 euros da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco recebe ainda mais 900 euros de outra reforma, por ter sido ferido em combate (..!?) em Moçambique já depois do 25 de Abril (!!!!!!!!!), e cerca de 250 euros em senhas de presença pela actuação como vereador sem pelouro.

Contas feitas, o novo reformado triplicou o salário que auferia no activo, ganhando agora mais de 1200 contos limpos. Além de carro, motorista, secretária, assessores e telemóvel.

Chiça.. nem a vender droga...

27.5.06

O filtro da internet

A internet é sem dúvida um poço sem fundo de informação... errada.

Desta vez fomos encontrar um imbecil (gosto mais de chamar ignorante, mas fica para a próxima), que informa os internautas, que Alhadas pertence ao Distrito de Aveiro (www.ngw.nl/int/por/a/alhadas.htm).
Obviamente, enviei um mail ao espécime raro de diplodoco bexigoso, para que os leitores não andem a ser enganados. E não estamos a pensar perdoar-lhe o facto de ser estrangeiro, ou a desculpa de que também a fonte dele se encontrava errada. Bastava olhar para um mapa.. ou dar uma vista d'olhos nas pinturas do nosso saudoso Mario Augusto..

26.5.06


Na impossibilidade do Sr. Mário Augusto dar continuidade à sua foto reportagem e, para grande tristeza do Sr. Bandiarbariaico, o stock não ter passado de sexta feira, contratou-se outro reporter especializado em meandros da bela pinga, que prontamente os retratou em flagrante delitro.
Alguém, creio que o Ceptocínico, falou do Bola e da pseudo-carrinha da Fozmáquina. Pois acabámos de apanhar o condutor em frente à tasca da Sr.ª Luísa, preparando-se para carregar umas cervejolas.

Notícia de última hora

Acaba de nos chegar à Redacção a notícia de que o Marques Mendes foi autuado pela GNR das Broeiras. Segundo conseguimos apurar, o grande líder da oposição circulava sem o capacete e não se fazia acompanhar pelos documentos.

Europeu de Sub-21 - De candidatos a patos

Em nítido sub-rendimento, os Sub-21 encaixaram duas derrotas que os colocam fora da competição. Mas é de louvar os rapazes, que apesar de ainda não terem marcado sequer um golito, pelo menos na baliza adversária, acreditam que podem ganhar à Alemanha pela diferença de 3 golos, enquanto esperam que os franciús vençam o seu jogo. Estamos mesmo no país da N. Sr.ª de Fátima...

Foto-Reportagem

Como calcularão, a entrevista com o Doutor deixou-me um bocadito à banda, pelo que solicitei ao Sr. Mário Augusto que fosse entrevistar o Sr. Gasolinas. Contudo, parece que o dito cujo estava ocupado, como documenta a foto enviada pelo nosso fotógrafo.

Estava eu já no Adriano Galinhas quando tocou o telemóvel. Era o Sr. M. Augusto a comunicar-me da impossibilidade da entrevista, pelo que lhe pedi que fosse ao Arnal entrevistar o Sr. Tinoco. Até ao momento, só me chegou a foto tirada nas imediações da casa do Pedro Sepas. É melhor eu ir até à Tasca do Gilberto, ver o que se passa.

Foto-Reportagem

Como disse ontem, depois das fotos tiradas na Figueira fomos até à Alhada.
Era minha intenção ir à Várzea entrevistar o Doutor, mas, por sorte, encontrei-o na Sr.ª Luísa. Que melhor cenário para uma entrevista?
O Sr. Mário Augusto, que como já referi não bebe em serviço, deslocou-se à Várzea para tirar as fotos prá reportagem.


Já agora, endereço os parabéns à Sr.ª Luísa, que contratou uma moça para servir o vinho à malta. O nosso fotógrafo enamorou-se dela e fez questão de a fotografar.

25.5.06

Azar na praia

Andava eu um dia destes pela praia quando, assolado por uma multidão em strip reumatal, me vi forçado a fugir daquilo que parecia ser um frango, já sem a cabeça e com ossos a saltar por todo o lado. Entretanto, já longe da multidão fiz-me à agua devagarinho para não partir o focinho. Fui logo acercado por uma prancha da polícia e prontamente autoado em várias dezenas de euros, penso eu por pisar violentamente merda de cão seca e lavar os pés sem meias.

Fiquei fodido porque só tinha um conto e quatro contos no bolso dos calções.

Não se esqueçam, quando forem à praia levem dinheiro prá bolacha amaricana.

O paneleiro do karaoke

Constatando que a malta também recorre à imagem, e sensibilizado com o artigo que lhe dedicámos, o Sr. Paneleiro enviou-nos a fotografia abaixo exposta, na qual surge acompanhado pelo seu namorado, nas imediações do café do karaoke. Ao duo desejamos as maiores felicidades.



Foto-Reportagem


Hoje não estou com sorte. A porra do bagaço caíu-me mal e vi-me obrigado a bater uma soneca. Profissionalíssimo como sempre, o Sr. Mário Augusto não deixou de fazer o seu trabalho. Agora vamos até à Alhada visitar a Sr.ª Luísa, pois acordei cá com uma sede...
Amanhã voltaremos, para dar conta das nossas andanças


Foto-Reportagem

Depois de termos saído da Quinta do Carrapato, o Sr. Mário Augusto convidou-me para ir almoçar ao Pescador, em Maiorca. Apesar de ter bebido apenas cerca de 2,5 litros de carrascão, à saída da vila, um pouco abaixo da igreja, comecei a sentir-me mal e tive de largar a cabra. Neste entretanto, o nosso fotógrafo não deixou de fazer um boneco da área envolvente. Agora vamos até à Figueira, que eu preciso de ir ao Nicolau beber um bagacito.

A propósito da recente foto-reportagem

Para que o Sr. Bandiarbariaico não se queixe de que não avista a Casa do Carlos 12, aqui vai a respectiva foto.

Foto-Reportagem

Acompanhado do nosso fotógrafo, Sr. Mário Augusto, dirigi-me à Quinta do Carrapato, no intuito de entrevistar o ilustre caseiro da quinta, o qual, já um bocadito tocado, não quis prestar declarações.

De qualquer maneira foi simpático, tendo-me levado até à sua adega enquanto o fotógrafo (que não bebe dentro do horário profissional) captava a panorâmica.

24.5.06

Em resposta ao comentário do Sr. Sóbrio + ou -, que parece ter apreciado o trabalho do nosso fotógrafo de serviço, aqui deixo o registo das Raparigas de Alhadas que me serviram o vinho.

E por falar em golfe, devo confessar que a ressaca de que há pouco falei se deve ao futebol de ontem, que os portugas perderam... e bem.
O Zé Castro, sub-jogador da selecção de sub-21, deveria ser requisitado para a selecção de tiro ao prato. Sempre se escusava de ter que comprar máquinas de lançamento.
O rapaz esteve simplesmente impecável nos seus passes de catapulta. Os colegas da frente, esses, devem ter acabado o jogo com torcicolos no pescoço, de tanto olhar para o céu...

Golfe

Para quem gosta de jogar o golfe tenho boas notícias: Vão jogar o golfe p`ró....Algarve. Isto porque o golfe no Bom Sucesso parece defenitivamente enterrado.

E digo parece, porque, nunca fiando. Custa até a crer. Sabendo como sabemos que o poder politico anda a reboque do capitalismo, sabendo como sabemos que o capitalismo detém o poder a nivel global, repito, custa a crer, mas parece defenitivo. O golfe nas lagoas parece defenitivamente chumbado (Diário das Beiras, 22/Maio).

Pelo sim, pelo não, já bebi um copo estilo comemoração. Quando e se, for defenitivo este chumbo vou apanhar uma bebedeira. Exagero?. Talvez. Mas defenitivamente exagerado pela negativa, é o que se anda a fazer com o nosso mundo onde supostamente vamos colocar os nossos filhos, netos, bisnetos, tetranetos, e não sei como se chamam os outros que vêm a seguir.

Só lamento pelos residentes. Na zona da lagoa, está bem de ver. Estou certo que o Ti António Petinga, a Ti Maria Francisca, o Ti Manel Zangão estariam ansiosos por aprender a jogar o golfe. Que tenham paciência. Joguem a Belamura(?) ou ao Berlinde que é muito bom para a saúde.

Hoje estou com uma ressaca...

22.5.06

O nosso legado.

Penso que é do senso comum que a história é necessária.
Ela é a dimensão superior e a condição invisível que nos reduz à nossa cultura, mais ou menos rica, mais ou menos a merda que nos calhou, porque nunca nos poderemos desligar deste espaço e tempo regional ou universal que nos acompanha, ou que outrora acompanhou alguem, no seu enorme e importante percurso.
Desta feita, não poderia deixar de compreender o sr. Ceptocínico, eu próprio também me apetece dizer "que se foda a história", porque ela se repete vezes demais e de maneira cada vez mais subtil, no seio da nossa merdal e nojenta sociedade, dotada já de um parasitismo crónico, em prol de uma economia luzidia que brilha nas entrelinhas da "crise".
Contudo, não posso tambem de forma alguma aceitar que o trabalho do nosso sr. Luis Pedreiro, edificador de tão nobre causa, na procura do nosso legado histórico, se desvaneça ou acabe no fundo de uma gaveta, à espera de ser roído pelo rato da negação.

O passado

Sr. Cèptocínico:
Em resposta à sua "postagem" devo dizer-lhe, em primeiro lugar, que não disse que V. Ex.ª era um "desgraçado" por se estar nas tintas para a História. Cada qual foca a sua atenção naquilo que bem entender.
Quanto às contradições dos "escribas" de tão insignificante matéria... nada mais natural. A História não é propriamente biologia molecular. E mesmo neste campo, como noutros similares, não raro os cientistas se contradizem.
Afinal, se todo e qualquer "conhecimento" é intrínseco aos homens, todo o conhecimento é necessariamente subjectivo. A objectividade prende-se mais com os efeitos práticos que esse "conhecimento" repercute na acção humana. E ainda assim, tais repercussões são sentidas e pensadas pelos homens de maneiras díspares.
Porque o passado é irrepetível, não podendo ser submetido à experimentação, ao contrário das ciências da natureza, não surpreende que existam contradições entre os historiógrafos.
A questão é: os historiógrafos expõem as suas interpretações fundamentando-as, isto é, fornecendo os dados em que alicerçam tais interpretações?
Quanto às contas bancárias, não sei que lhe diga. Mas custa-me a crer que um historiógrafo, digno desse nome, que "perde" anos numa investigação, consiga engordar a respectiva conta bancária com a venda das conclusões a que chegou. Se me falar nas editoras...
Mesmo assim, não me parece que a História constitua um mercado lucrativo... e os motivos estão à vista.

Populismo de esquerda

Ao facto de alguns países, como a Venezuela ou a Bolívia, começarem a querer controlar as suas próprias riquezas, fechando a torneira às sacrossantas - e caridosas - multinacionais, os analistas do costume chamam "populismo de esquerda".
E com toda a razão, diga-se. Não fossem as multinacionais, quem manteria viva a tradição colonialista?!
E como toda a gente sabe, não fossem as multinacionais os indígenas morreriam de fome. Ou não?
Mas as coitadas das multinacionais não devem preocupar-se, pelo menos por enquanto. Por esse mundo fora há ainda riquezas para espremer e mão-de-obra ao preço da mijona, ou mais barato ainda.
Tenham calma, rapazes. O colonialismo não vai abaixo com três cantigas.

Caciquismo à moda do século XXI

O Valentim Loureiro é o xico-esperto tipicamente português. Ao invés de gastar dinheiro a "fazer" eleições, comprando os "notáveis" locais ou uns quantos caceteiros a colocar estrategicamente à porta dos locais de voto, vai de oferecer "vales de compras" a famílias pobres.
Foda-se! Lata do caralho. E lá vão 250 mil euros a voar com este "projecto". Projecto?!
E depois vêem-nos com essa das conquistas de Abril...

O passado

Sr. Luis Pedreiro

O esclarecimento que se impõe.

Na realidade as minhas palavras dirigiam-se precisamente aos escribas que escrevem a história, que são susceptiveis de criar opinião e, insisto, criar grandes contas bancárias. As contradições entre eles são tantas que eu sou forçado a ignorá-los. É muita gente a escrever o passado.

Sou um desgraçado por isso?. Cá vou vivendo com o estigma.



Filandesa
Queres construir comigo um futuro sem passado?.

A Sport TV alertou para a proibição da exibição pública do Mundial de Futebol

A Sport TV confirmou hoje à agência Lusa ter alertado várias entidades para a proibição de exibir publicamente os jogos do Mundial de Futebol 2006.

Segundo explicou fonte oficial daquela estação, "os direitos de transmissão televisivas foram comprados pela Sport TV e pela SIC, mas a Sport TV comprou todos os direitos de exibição pública".

O que quer dizer, acrescentou, "que os jogos transmitidos pela SIC também não podem ser exibidos publicamente" em ecrãs gigantes colocados na rua ou em estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes.

Resumindo, senhores presidentes das juntas de freguesia do nosso Portugal, se estavam a planear festa à volta do ecrã, dirijam-se à agência da TV Cabo mais próxima, porque na SIC meus amigos, só em casa e sempre com um olho no burro, e o outro no cigano! Vão andar agentes da TV Cabo à paisana por todo o lado.

Ao que parece, n' Álhada vão estar particularmente atentos aos depósitos e à eira do Nam, dado serem os locais apontados como prováveis para a transmissão dos jogos da nossa selecção, em ecrã gigante da junta.


Por este andar está aberto o caminho para as juntas de freguesia pedirem mais algum lá do saco público.. (digo eu sei lá)

20.5.06

Karaoke do Paneleiro

Esta é uma das circunstâncias da vida em que uma imagem vale mais do que mil palavras, e.. podem acreditar porque não foi nenhuma montagem. Se digitarem o endereço que se vê na caixinha (http://j-som.blogspot.com/), é o que de facto se encontra. Ele há coisas..

19.5.06

Jorge Sampaio...

está a vender um livro intitulado "Com os portugueses - dez anos de presidência da república".

Com um acordo qualquer firmado com um Centro de Cultura e Desporto de um organismo público, o livro custa para os sócios 20 €. Ao público em geral custará, sei lá, uns 30 €?????, não sei.

E eu pergunto - a quem interessará tal porcaria por tal preço? e a quem interessaria se fosse mais barato?.

Que fez o senhor pela qualidade de vida e bem estar dos portugueses, de que tanto se possa orgulhar e vir agora vender a ideia a quatro ou cinco contos a unidade?.

Que porra de humanidade...
Hoje recebi uma mensagem de um amigo, enviando-me o endereço de um Blog que se refere à história da actual cidade da Figueira da Foz (http://www.atonito.blogspot.com/).
O respectivo conteúdo vem ao encontro do que escrevi na minha última “postagem”. Quando se trata de evocar o passado medieval, sobretudo os séculos XI a XIV, toca de aplicar as “inevitáveis” interpretações toponímicas, pondo de parte os factos históricos ou, mais grave, distorcendo-os.
Admitindo que uma determinada justificação toponímica assente em pressupostos científicos poderá ser plausível, ainda assim pergunto: que acrescenta isso à nossa vontade de conhecer um ou outro aspecto atinente a uma determinada sociedade local? Pessoalmente, interessar-me-ia, sim, ter uma ideia de como viviam os seus habitantes ou quais os poderes que enquadraram tais comunidades. Por isso mesmo, não vou comentar a interpretação toponímica apresentada pelo autor do referido Blog, que, quando não cita, copia descaradamente outros autores. Mas isso é outra história.
A dada altura, escreve-se que “reconstruído mais tarde, o antigo povoado esteve largos anos reduzido a simples freguesia, dependente administrativamente do extinto concelho de Buarcos”.
Ora bem. Diz a minha ignorância que tal afirmação carece de algumas correcções.
São Julião era tudo menos uma “simples freguesia” e muito menos dependia administrativamente de Buarcos, mas sim de Tavarede.
O autor encara a “freguesia” numa perspectiva administrativa, o que me parece um erro crasso quando falamos do período medieval. Recordo que as freguesias só passaram a constituir-se órgãos administrativos a partir do século XIX. Previstas as Juntas de Paróquia em cada freguesia pela Carta de Lei de 25 de Abril de 1835, a freguesia deixará de fazer parte da organização administrativa em 1840 (Carta de Lei de 29 de Outubro), o que só voltará a acontecer, desta vez em definitivo, em 1878, com o Código Administrativo de Rodrigues Sampaio.
A paróquia de São Julião seria tudo menos uma “simples freguesia”.
Antes pelo contrário. Se o povoado onde se situava a igreja não era comparável em importância aos de Alhadas, Buarcos, Maiorca, Quiaios ou Lavos, a verdade é que São Julião era a mais importante de todas as freguesias (paróquias) que se inscreviam no espaço do actual concelho da Figueira da Foz.
Para constatarmos tal facto, basta observar o rol dos quantitativos a entregar a D. Dinis para fazer face à luta contra os muçulmanos, privilégio que lhe foi concedido pelo Papa em Maio de 1320.
Este rol é elucidativo quanto à importância de São Julião – então chamada de São Julião da Foz do Mondego (na lista de igrejas de 1257-58 era designada São Julião de Tavarede e chegou também a ser chamada de São Julião de Buarcos, pois assim se lhe referem alguns documentos do início de XIV).
De facto, o rol em questão (Vid. FORTUNATO DE ALMEIDA, História da Igreja em Portugal, vol. IV, Barcelos, 1967, pp. 122-126, para a parte do bispado de Coimbra que nos interessa) não deixa dúvidas quanto à importância eclesiástica de São Julião (de quem dependiam, aliás, as igrejas de Buarcos e de Tavarede, que só mais tarde foram autonomizadas – Buarcos em 1500 e Tavarede em data que desconheço).
As 300 libras com que contribui São Julião estão muito além da segunda maior contribuinte do espaço físico em referência: São Pedro de Alhadas, com 80 libras. Por curiosidade, registe-se que se lhe seguem Maiorca, com 50, Lavos, com 40 e Santa Eulália com 30 libras. A igreja de São Mamede de Quiaios é omitida na lista.
Estes quantitativos, a par de outros elementos que tratarei em próximas “postagens”, são mais ou menos elucidativos da importância dos povoados em que se incluem.
Por hoje é tudo.

Festival da canção

É caga-boi, tiras-te o dia para ver televisão??.

A sereia do barreiro


Alegrem-se meus amigos com esta adorável musa que segundo parece, indignada com as varejadas difamatórias à sua incrível e escultural pessoa, está em condições de fazer uma sessão fotográfica para enaltecer o espírito do nosso blog, tendo já feito um ensaio ali para os lados do restaurante ribeiro.
A sessão vai ser em exclusivo para os reporestéricos alhadenses, exímios em encontrar gorduras e rugosidades escondidas nos recantos das regueifas mais banais.
Então em que é que ficamos? somos um estado laico ou não somos? para quê a discussão, ou será debate?, sobre a participação, ou não, das autoridades eclesiásticas nas cerimónias de estado?.

Só por si as cerimónias protocolares nauseiam-me todo, seja a assembleia geral ordinária da colectividade do Pincho ou a tomada de posse do presidente da república.

O protocolo é um desperdício de tempo, de bens e de paciência, de que raramente se gosta. A prova é que muitos aproveitam para bater umas sonecas durante as fastidiosas cerimóneas.

Logo, os padres deviam era ficar satisfeitos por o estado laico lhes vedar o acesso às mesmas. Mas isto sou eu a divagar. Que eles gostam mesmo é de arrotar por lá pavoneando as barriguinhas fartas e fartando-as no tradicional banquete.

Agora que se desmoronam os alicerces dos seus pedestais é vê-los rabiar e estrebuchar.

Que porcaria de humanidade...

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Pensanento do dia: As criticas não me abalam, os elogios não me iludem, sou o que sou e não o que dizem! Vivo o presente, temo o futuro e foda-se o passado.

18.5.06

"Não sei se Portugal continental ou o Estado Central ainda tem barcos de guerra para ocupar a ilha".
Esta a reacção do Alberto João, rei da Madeira, que não quer ouvir falar de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos no seio do seu reino.
Acham que devíamos enviar a Força Aérea ou, em alternativa, proibir-lhe o tintol pelo período de 1 hora?

17.5.06

Desintoxicação

Amigos, tenham lá calma.
O Zebradan está numa fase importante de reabilitação, onde precisa de conseguir esse pilar de sustentação, que somos nós, o nosso blog, toda a internet, a mãe, o pai, a tia, a prima e o cão.
Mas por via das dúvidas já mandei dois técnicos a casa dele.
Um vai prender-lhe as mãos e dar-lhe uma injecção de morfina, enquanto o outro lhe saca o x e o k do teclado com uma chave de fendas.

Alhadas doutros tempos

Em comentário ao texto "Internet dó!", expressava o Sr. Miguel Mouro a sua surpresa por este Blog versar "assuntos tão interessantes como a nossa origem histórica".
Impõe-se aqui uma pequena mas substancial correcção.
Através do referido texto, limitei-me simplesmente a anotar aquilo que me parece incorrecto em certas abordagens ao passado de Alhadas.
Se fosse minha intenção perscrutar as "origens históricas" de Alhadas, com toda a certeza não o faria através da enumeração de uns quantos factos, mais ou menos históricos, sem proceder à contextualização dos mesmos, enquadrando-os no espaço e no tempo. Como é evidente, a história, sobremaneira a de âmbito local, não pode prescindir do estudo da relação entre os homens e o espaço que os rodeia.
Sob tal ponto de vista, escusado será referir que resultaria trabalhosa a abordagem histórica de Alhadas, tanto mais que estamos a falar de uma unidade colectiva perfeitamente individualizada desde tempos medievos, facto indiscutível apesar da escassez de fontes escritas para o período em consideração. Fontes que, assinale-se, quanto mais se recua no tempo menos informações expressas fornecem.
Não devemos esquecer que na Idade Média a escrita é apanágio de uma minoria de letrados, ao serviço do rei ou das grandes instituições eclesiásticas, os mesmos que a produziam e conservavam para fazer valer os seus direitos. Não surpreende, pois, que o grosso da documentação medieval seja de natureza essencialmente político-administrativa: cadastros de propriedades, listas de instituições tributáveis, contratos de exploração agrária, testamentos ou actas de processos julgados em tribunais (leigos ou eclesiásticos), etc.
Em suma, para tentar esclarecer o passado mais profundo de uma comunidade rural medieva, teremos de partir de uma memória escrita ligada aos interesses dos grupos privilegiados e suscitada, em alguns casos, por acontecimentos excepcionais como queixas contra o atropelo de posições usurpadas ou denúncias de violações às normas reguladoras da vida político-económica.
A natureza de tal documentação lança, pois, uma grande escuridão sobre a vivência social dos habitantes dessas aldeias sem memória escrita.
Perante o quadro exposto, não surpreende que a generalidade das abordagens monográficas, sobretudo quando se referem ao período medieval, pouco mais façam do que discorrer sobre hipotéticas origens toponímicas, e ainda assim optando pelo lendário em detrimento do toponímico propriamente dito.
Voltarei a este assunto... se até lá não for demitido pela incapacidade de angariar leitores para o Blog.

Excelentíssimo(a) senhor(a) Zebradan

Foi com profundo interesse e comoção que li o seu comentário a propósito do texto "O exemplo angolano".
Interesse, porque não estou habituado a ler escrita sms, tão utilizada pelos "teenagers" da actualidade. Comoção, porque no final do seu comentário subscreve-se "Zebra O Reabilitado". Pelo visto, a reabilitação não correu bem, pelo que desde já envio votos de melhoras.
Diz V. Ex.ª (que, além da escrita sms, pranta quase um erro ortográfico por cada vocábulo que pretende escrever em português) que esperava deste Blog "coisas banais e sem importância", manifestando a sua preocupação com o facto de serem abordadas "causas sociais e merdas do tipo".
Pergunto-me se V. Ex.ª será alhadense, natural ou adoptivo. Ou Alhadas mudou tanto assim desde que aí deixei de residir? Que eu me lembre, o alhadense médio era universalista e não consta que praticasse o pousio mental.
Tenho alguns conhecimentos entre pessoas especializadas no tratamento de casos como o de V. Ex.ª, pelo que, caso necessite dos meus bons ofícios sabe onde me encontrar. Poder fazer algo por V. Ex.ª seria uma boa causa social.
Atentamente,

16.5.06

O exemplo angolano

Segundo o Diário Digital / Lusa, o Ministério da Juventude e Desportos de Angola vai promover uma "campanha nacional de informação sobre a SIDA". Ao que parece, "as autoridades angolanas pretendem melhorar o nível de conhecimentos sobre a SIDA". Mais: pretendem aplicar "um plano estratégico para reduzir o crescimento da epidemia".
Quero saudar as autoridades angolanas, quero dizer o José Eduardo dos Santos.
Agora, fico a aguardar que o eminente democrata promova uma campanha de informação sobre o paradeiro das riquezas do país. E, se for possível, aplicar um plano estratégico para reduzir a corrupção que tanto o incomoda.
Famintos e estropiados, os angolanos não se podem queixar de falta de informação. Eu cá aconselho-os a fazerem como os filhos do Zé Eduardo, indo estudar e viver para o estrangeiro e gozar dos rendimentos do país.
E por aqui me fico, que o Zé Eduardo já mandou matar jornalistas por muito menos.

Excursão à Alemanha - Só para reformados

Só temos 23 lugares disponíveis.
Os interessados deverão formalizar a sua candidatura até logo à tarde, junto do Sr. Escolástico.
Fornecemos médicos, preparadores físicos e mecânicos para as cadeiras de rodas.
Requere-se forte espírito de grupo.

15.5.06

Peregrinagem

Desculpem-me a minha ausência. É que fui chamado a intervir numa gravosa inspecção em Fátima, nomeadamente em vários estabelecimentos de figuras religiosas, impróprias para consumo.
Parece que os peregrinos partiam os dentes ao tentar digerir essas figuras, uma acrobacia exclusiva de quem vive num raio de 30 Km.

Vida difícil esta de Inspector, se não fossem umas sandes fora do prazo, que lá haviam a montes, tinha de ir ao Gato Preto.

Alhadas - Vida Social

Para escândalo geral, no fim-se-semana que passou o Sr. Se-pagares-a-bica-levo-o-meu-carro, localmente conhecido pelo odor do corpo em que habita, acompanhado por uma monumental borracheira platinada que engatou na festa do Botes, entrou em delírio e cometeu a ousadia de lavar os pés na Fonte de São João, causando assim a morte de muitos peixes e a ira dos indígenas, que rapidamente formaram uma milícia para linchar o sacrílego.
Se a velha táctica de lavar os pés com os sapatos calçados ajudou o coitado do homem a não ser surpreendido pela turba em fúria, facto que lhe permitiu ganhar alguns metros, a sua sorte foi ter-se estatelado e desatado a vomitar, obrigando assim os seus perseguidores à retirada imediata.
Tanto quanto apurei, alguns elementos da milícia foram prontamente assistidos no Centro de Saúde, cujos serviços procederam de imediato à desinfecção do local dos acontecimentos.
Mas há males que vêm por bem. Sensibilizado com a situação, o assistente social da Junta de Freguesia, Dr. Rui Guerra, disponibilizou-se para dar banho ao homenzinho pelo menos duas vezes por ano.
Tão nobre atitude valeu elogios dos mais diversos quadrantes. Até esta hora, tinham dado entrada na Junta faxes da Organização Mundial de Saúde, do Tino de Rãs, do presidente dos Super-Dragões e até dos olhos e da barba do Bin Laden.
Nota importante:
Este texto foi elaborado a partir do Livro de Ocorrências da GNR de Alhadas. Qualquer diligência que esta corporação tenha efectuado é pura ficção.

As birrinhas do menino Carrilho

O Manuel Maria publicou um livro para explicar os motivos da sua derrota nas eleições autárquicas em Lisboa (2005).
Ignorante que sou, pensei que o rapaz havia perdido por insuficiência de votos para o efeito. Afinal, o desaire terá explicações mais profundas, pelo que o doutor Maria, talvez para não chamar mentecaptos aos que nele não votaram, atira-se, segundo parece, aos órgãos de comunicação social e analistas políticos.
O livro, modestamente intitulado "Sob o Signo da Verdade", foi apresentado por Emídio Rangel, o qual foi taxativo: "certamente incomodará muitas pessoas".
E não se engana o Rangel, também ele um Carrilho desta vida, sempre ligado a tudo quanto cheira a poder e dinheiro ou vice-versa, qu'isto das filosofias enche pouco a barriga. Aliás, eu, que nem sequer votei em Lisboa, até fiquei um bocadito incomodado, pois não tenho paciência para maus perdedores.
O Sr. Manuel faz-me lembrar os cromos da bola. Não fosse a bola no poste, a comunicação social, os jogadores adversários possuírem jogadores com ambos os pés ou, invariavelmente, o filho da puta do árbitro...
Contudo, o Sr. Carrilho não brinca em serviço e vai de contratar um craque para agradar à massa associativa. E logo o extremo esquerdo Zé Saramago, comprado a custo zero a um dos clubes rivais. Segundo apurei, a transferência só foi possível porque o atleta, apesar de predestinado para a modalidade, tinha uns problemazitos com o regulamento de disciplina, criando mau ambiente no balneário.
Certo é que o jogo foi perdido por números esclarecedores. Apesar disso, o Manuel Maria não resistiu a disparar em todas as direcções, chegando mesmo a insinuar que o árbitro perguntou por fruta e bebeu café com leite.
Apesar de não ter sido convocado para o jogo, devido a uma lesão no pé direito, Saramago não se coibiu de comentar as incidências da fatídica partida. Instado pelos jornalistas a comentar o anti-desportivismo do treinador, o talentoso esquerdino refugiou-se nos lugares-comuns do futebolista mediano, considerando que se tratou do "depoimento objectivo e fundamentado de alguém que travou uma batalha e a perdeu", não deixando de sublinhar que a derrota "dá-nos a saber como, porquê e por quem foi vencido". Nem o João Pinto dos Prognósticos diria melhor. O que certa gentinha faz para justificar os fracassos...
Moral da história: espera-se que os cromos da bola não sigam este exemplo e desatem a escrever livros, que não haveria eucaliptos para dar vazão.
Moral da história 2: o doutor Carrilho, autor de uma vasta obra filosófica que poucos conhecem e que só o próprio compreenderá, transmite-nos a ideia, mais do que de menino mimado, de homem ressentido com todos aqueles que não comungam da crença que o anima: que a humanidade não merece a sua inteligência celestial.
Eu imagino qual será o problema dele...
Tem, no seu próprio lar, um desafio a vencer que estará além das suas potencialidades.
É que aquilo deve ser muito jogo para quem está habituado a ganhar na secretaria...

O Código de Da Vinci

O Vaticano, a Opus Dei e o rebanho cristão andam nervosos (como sempre, que isto é gentinha que se enerva com qualquer merda). Tudo por causa de um livro publicado por um autor obscuro que aborda um tema tantas vezes tratado por escritores dignos do epíteto, como por exemplo o "nosso" José Saramago.
Confesso que não li o livro da polémica nem tenciono ver o filme a que o mesmo deu origem. o livro, porque os "best-sellers" me inspiram desconfiança, para não dizer aversão. O filme, porque cada vez tenho menos pachorra para os apelos da imagem.
Ao que parece, o livro giram em torno de um filho que Jesus terá tido com Maria Madalena e etc.
Assim às primeiras, faz lembrar as histórias da Margarida Rebelo Pinto: rasteiras e inofensivas. Isto digo eu, que além de uma ou outra citação, nunca li qualquer livro da referida alienígena. Certas pessoas que conheço gostam dos livros que a mulher põe que nem ovos, facto mais do que suficiente para fugir de tais leituras como o diabo da cruz, para utilizar a terminologia cristã.
Pelo que tenho ouvido, a sucursal da Opus Dei nos Estados Unidos exigiu que seja aposto no filme o rótulo de "ficção"!
Acho uma exigência perfeitamente razoável. Afinal, não é de ficção que se trata? Ou querem comparar com os chamados "filmes bíblicos", que se integram na categoria do realismo puro?
Uma tal de Benedita não sei das quantas, do Gabinete de Informação da Opus Dei em Portugal, garantiu que o livro em questão contém "falsidades históricas e religiosas sobre Cristo". não sabia os cristãos tão preocupados com a verdade histórica!
Presumo, pois, e ao contrário do que pensava, ser a Bíblia obra de outra seita religiosa que não a cristã, dado não conhecer literatura que mais tenha falsificado a existência histórica do homem de Nazaré.
Ou será realidade histórica que o homem, filho de um espírito santo e de uma virgem, multiplicava pães e peixes, curava cegos e até ressuscitava mortos? Se o homem era capaz de coisas destas, não será de admitir que emprenhou a Madalena, que até devia ser uma boa lasca? Afinal, quando ele ressuscitou ao 3.º dia, realidade histórica indiscutível, foi a Madalena a primeira a dar de caras - é como quem diz - com ele. Terá sido este último encontro a gerar o filho do Da Vinci.
E por que diabo querem os cristãos, à viva força, que Jesus tenha morrido virgem? Por ter nascido de mãe virgem?! Quem se fode com esta tara da castidade são os padres, que têm de ser humanos às escondidas, chegando alguns deles a serem-no às avessas, pecado também condenado pela Igreja. Haverá alguma coisa que a Igreja não condene?
Se o meu espírito fosse aberto à crença religiosa, estou certo de que seria muçulmano ou similar. Não me parece que esses gajos condenem a prática sexual. Qualquer padreco do Islão tem um ou mais mulheres.
Desculpem lá o vernáculo, mas tem de ser: os cristãos não fodem nem querem deixar foder!
Ainda não observaram que há pessoas que se estão a cagar para os valores que eles apregoam, que vivem segundo valores próprios, independentemente da concordância de qualquer homem ou instituição?
Metam-se na vossa vida. Guardem a vossa moral e não chateiem. Será pedir muito, seus quadrilheiros?
Tenho dito.

13.5.06

galegos cheguei.
o marroquino esta desculpado
é o único começado por mar.

12.5.06

Apelo à castidade

E agora ouvi que o reitor do Santuário de Fátima, Monsenhor Luciano Guerra, lançou um apelo à castidade.
Diz o gajo que "a castidade é uma urgência" e que "o sexo cria vícios e multiplica os conflitos"!
Nossa Senhora de Fátima! Ao que chegou o catolicismo!
A vivência no seminário, está visto, faz mal à cabeça da padralhada. E se fosse só à cabeça...
Só não os mando enfiar na Casa Pia porque isso é o que eles queriam.
Ouvi dizer que o Kissinger está em Portugal.
Não anda por aí um "sniper" desocupado?

Prontos

Ó Joãozinho acalma-te. De contrário quem tu mete todo dentro sou eu. Ó Anti-tu obrigado pelo testemunho que o advogado e o constituinte estão danados para me morder as canelas.

Mau, mau....

Dr. João, vá desancar o caralho. Já disse que quem escreveu essa merda foi um tal de Anti-tu.

O seu a seu dono

Tózito manda o advogado a casa do Anti-tu (seja lá quem for) que eu não tenho nada que ver com os vossos desmandos, OK?.

mar

É MAR, tás muito chão!!!.
Ex.mo Senhor Miguel Mouro:
A propósito do seu comentário ao texto "Internet dó!", fico contente por sabê-lo interessado na história da nossa querida vila de Alhadas.
Quanto à diarreia do historiador (será alcunha?) salazarista de que fala, tem origem nas feijoadas históricas de que o dito cujo tanto abusa.
Depois de ter lido o comentário de V. Ex.ª entrei em contacto com o ínsigne historiador do regime. Afinal, a alegada diarreia foi uma desculpa, pois o homem anda ocupado com a invenção de um novo facto histórico e, no momento em que V. Ex.ª o contactou, estava a tentar escrever uma lendazita que se ajuste ao facto histórico que tem em mente.
Mande sempre.

Orgulho Gandarês

Ainda bem que a Freguesia de Alhadas, ao contrário da congénere e vizinha de Moinhos da Gândara, não disponibiliza um sítio na Internet.
Não gostaria de estar na pele de freguês desta última autarquia, a qual, no dito sítio (jf-moinhosdagandara.pt) expende a ideia de "incutir aos nossos filhos o Orgulho Gandarês".
De facto é coisa de mau gosto, assim a modos que a fazer lembrar as paradas do "orgulho gay". Pior do que isto só mesmo o "orgulho racista" e/ou derivados.
Dou graças a Deus por não existir, tanto quanto sei, um "orgulho alhadense".
Sim, porque uma coisa é amarmos a terra onde temos raízes e outra, bem diferente, é levarmos a sério a nossa (precária) condição humana, que é como quem diz, transformarmos a ignorância e a estupidez em valores.
Nunca li o "Erro de Descartes", da autoria do português António Damásio, altamente conceituado porque reside no estrangeiro. Prefiro ler o "Erro de Deus", que afinal não é perfeito, como o comprova a sua obra-prima: a criatura humana, tão bera que deu cabo da omnipotência do pai. É que isto de nascer sem mãe não é fácil. Com estes antecedentes, não surpreende que mais tarde uma mulher tenha gerado um filho sem a respectiva intervenção masculina e, pasme-se, tenha continuado virgem. Bons cirurgiões, os daquele tempo.
Moral da história: a estupidez humana não tem xó nem arre. Tudo porque Deus fez o homem à sua imagem e semelhança.
E a que propósito vem este paleio?! Será do vinho, será da droga...?
Não percam as próximas novidades. Com um bocado de sorte, pode ser que morra um bardamerdas qualquer de uma qualquer merdonovela, que é prós teenagers portugueses poderem treinar a futilidade que lhes vai na alma.
E que Deus me perdoe por ser tão tolinho!

Internet dóiii

Infelizmente, digo eu, percebo pouco das histórias do passado. E do presente pouco percebo. Todavia, verifico que os "escribas" na maior parte das vezes querem é apresentar serviço, sendo pouco escrupulosos e nada convictos ou convincentes. Chegam ao ponto de se agarrarem como lapas a lendas nebulosas e darem-nas como certas - aqui á-os e montemor cá - estão lembrados?.
De qualquer forma e batendo na mesma tecla até que rache, comparo esses escribas aos pseudo arqueólegos que restauraram o nosso Dolmen. Uma obra que me desencantou completamente por tão falsa se mostrar, por tão mal enganar a realidade.
E qual é a moral da história?. Contas bancárias recheadas que aquela merda custou os olhos da cara ao depauperado herário público.
É fartar vilanagem...

Confissões de um audioinvisual

Sou um desgraçado sem eira nem beira nem televisor.
Tal facto coloca-me na condição de desfavorecido social e, pior ainda, na indesejável categoria dos desarranjados mentais.
Mas nem assim caio nas boas graças do Estado, melhor dizendo do actual Governo de inspiração socrática, que é como quem diz constituído por actores cuja máxima, universalmente celebrada, é "safa-te a ti mesmo" ou coisa que o valha que a filosofia não é o meu forte. Tenho mesmo de comprar a merda do televisor!
Dizia eu que o Estado não é sensível ao meu pungente drama, obrigando-me, através da taxa do audiovisual aplicada na factura da electricidade, a contribuir para o serviço público de televisão. Porque motivo terei então de pagar um espectáculo (degradante) que não presencio? Eis uma questão que lanço aos tiffosi do capitalismo ortodoxo e ranho daí decorrente.
Se não tenho televisão, como ocupo o meu tempo? Esta a pergunta que sempre me fazem e cuja resposta varia com o grau de intimidade que mantenho com o inquiridor.
A uns, digo que toco ao bicho (para não utilizar o palavrão masturbar) de 26 em 26 minutos. A outros digo que rezo pelos pastorinhos de Fátima, cujo terceiro segredo era o escândalo da Casa Pia.
E já que falo em Casa... Pia. Não acredito que o Carlos Cruz fosse capaz de enrabar putos, ou não se tratasse de um ícone da televisão portuguesa, mais habituado a enrabar o cérebro dos adultos (e adúlteras). Aliás, como toda a gente sabe, as pessoas famosas são sempre vítimas de cabalas fruto da inveja. É impossível que se dediquem a práticas como as referidas.
E quem se fode é o Bibi e é justo que assim seja.
Lá porque foi enrabado desde que deu entrada na Casa Pia (pelo visto uma praxe indispensável nesta instituição), nada justifica que tenha passado a fazer o mesmo aos recrutas que vão chegando. Muito menos angariá-los para satisfazer as taras dos ricos e poderosos, capazes de comprar advogados piores do que o diabo, os quais, melhor do que ninguém, sabem que a justiça não se compra. Paga-se.
E o Bibi é que se fode!
Onde isto já vai. Estou mesmo a precisar de um televisor!
Se os bloggers quiserem contribuir com uma moedita...

11.5.06

Internet dó!

No sítio "Figueira.net" pode ler-se que "Alhadas foi elevada a vila no século XII, sob o domínio de D. Fraile Pais" e que, "Em documentos medievais, como o foral concedido a Montemor-o-Velho, por D. Teresa e D. Branca, Alhadas e Maiorca são aí referidas". Noutro parágrafo, somos informados que "Depois de ser tornado vila (sic), em meados do século XII, foi considerada ou designada Couto de Alhadas".
Gostava de saber onde foram buscar a ideia da elevação de Alhadas a vila no século XII. Por certo, o escriba de serviço não compreende o alcance do termo "villae" que surge nos documentos medievais, utilizado para designar uma comunidade rural (aldeia) ou, menos usualmente uma propriedade rústica. Quanto ao facto de Alhadas ser citada no foral das infantas (diploma datado de 1212, acrescente-se), devo dizer que se trata de outra confusão. Garanto-vos que Alhadas não é referida neste documento cuja transcrição tenho à minha frente. Alhadas e Maiorca, como outros lugares, são assinalados, sim, no foral manuelino de Montemor-o-Velho, de 20 de Agosto de 1516.
Quanto a Alhadas ter sido, após a (utópica) elevação a vila, "considerada ou designada como Couto de Alhadas", devo também manifestar a minha estranheza, pois não se trata de considerar ou designar. Alhadas veio a ser couto pela simples razão de que, em 1166, foi coutada por D. Afonso Henriques ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
Para rematar estas breves notas, e a propósito do coutamento de Alhadas, quero referir-me a um outro sítio que aborda o passado da nossa terra. Trata-se do "portugal.veraki.pt".
Aqui se refere o topónimo "Fonte Quente", que "apesar de pouco expressivo era já citado em 1143 por D. Afonso Henriques, numa carta de doação ao prior do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, S. Teotónio. a referida carta tratava da doação de metade das 'vilas' de 'Quiaios' e de 'Aimedi', tendo já sido comprada a restante metade, a D. Paio Guterres e D. Paio Mides, próceres afonsinos que as haviam recebido por doação, sendo assim provável que parte das 'vilas' que ficavam na íntegra a pertencer ao mosteiro e a este coutadas pelo rei, compreendessem pelo menos parte de Alhadas, se não a totalidade da povoação, uma vez que esta era seu couto e que a carta afonsina cita o seu limite no lugar de Fonte Quente."
Em primeiro lugar, como se infere do que se disse acima, Alhadas não era ainda couto dos crúzios, pois só o viria a ser em 1166. Antes disso, era senhoreada, tal como o castelo de Santa Eulália, por D. Gomes Pais.
Quanto a Fonte Quente, coloco algumas reservas quanto ao facto de ser a "nossa". Embora nada perceba de latim, por mais que observe o documento não consigo relacionar tal topónimo com Alhadas que, diga-se, nem sequer é referida no diploma em análise. Não entendo, pois, o motivo que leva o escriba a dizer que "a carta afonsina cita o seu (de Alhadas) limite no lugar de Fonte Quente" (fontem calidum, no diploma).
Por agora é tudo. O patrão não me paga para blogar. Se houver oportunidade, retomarei esta matéria com mais ponderação.
Fiquem bem.

b´dia

Pronto. Cá estou rapazes (e raparigas?? não há raparigas??). Sei que vocês já estavam a ficar desorientados sem a minha companhia. Fui vitima da tentativa de boicote por parte de um rufia da costeira. Mas safei-me. Tranquilizem-se. O meu ombro está ao vosso dispor para carpirem as vossas pseudodores idiotas.

10.5.06

Alto Comissariado para os assuntos d' Àlhada

O Alto Comissariado para os assuntos d' Àlhada reuniu e decidiu o seguinte:
Em nome da verdade dos factos e de uma certa dignidade pós-laboral de quem trabalha, não aceitamos publicidade a sítios onde a imoralidade e o bom nome dos cidadadãos alhadenses é posta em causa a partir do terceiro copo de vinho. São proibidas referências a locais de pouco culto moral e de vadiagem social pelo simples facto de as nossas vinhas terem sido deixadas ao abandono, por muitos daqueles que se levantam ao Domingo de manhã para frequentar esses ditos locais. São também proibidas manifestações de regozijo ou actos como esfregar as mãos de contentamento, após a ingestão de todos os derivados de fermentações acabadas nas casas dos nossos concidadãos, uma vez que fomenta a fuga ao imposto do estado e afasta-nos dos caminhos traçados para esta legislatura. Por fim, apelo a todos os leitores que não se deixem levar pela trituração de merda que certos indivíduos aqui do blog estão a promover, por razões que numa próxima reunião ainda definiremos.

Dr. Pescoço Rijo

(O Dr. Pescoço Rijo é membro do Alto Comissariado para os assuntos d' Àlhada, apelou à minha consciência cívica para publicar este artigo e deu-me 50 contos)

9.5.06

Ora amigos do blog felicito-os e aqui vai uma varejada.
Eu acho que o grupo nunca poderá ser pequeno ou em letras pequenas porque é grande o eco que faz nos corações daqueles que, ainda de forma singela, o viveram e leram, qual retrato bíblico da nossa humilde terra e cultura.

Sim, e agora já nos podemos fartar de saber que agora em Alhadas, assim como em outras fartas regiões do nosso país se poderão roer uns tramoços e no meio de meia dúzia de tintos consultar a net, porque esta vai estar acessível na boca do nosso primeiro. O D. Dinis do pinhal tecnológico a ser plantado em meados de...(?).
Para quem não sabe, este senhor é aquele que aparece na televisão a contar estórias do Asterix e a reenventar as poções do Druída para que todos possamos trabalhar até aos 90 anos.
Mal sabe este Portugaulês que o tinto contem antioxidantes que retardam o envelhecimento.E depois de meia dúzia deles, já ninguem consegue falar em choque tecnológico, ou coisa que o valha.
Embora aí à Luisa.

4.5.06

Um obrigado do fundo do coração aos senhores Joaquim Chup(às)cabras e Jacinto Paixão, assim como aos senhores anónimos que nos estão a dar uma ajuda sem precedentes.. é que não nos tinhamos lembrado do Gandarez e de outras influentes personagens cá da terra. Já lhes foi enviado um convite formal para fazer parte desta maravilhosa equipa. De facto estamos a precisar urgentemente de uma pessoa que carregue na tecla de espaços (para haver espaço entre estas letras e os leitores assim entenderem melhor), e outra para a tecla de voltar atrás (para quando nos enganamos a escrever alguma coisa). Portanto fiquem à escuta, porque se esses ilustres convidados rejeitarem o convite, quem sabe se não é a vossa oportunidade...