Depois d’almoço é p’rá tasca
Que a malta já lá não tarda
Metem-se uns trocos na farda
P’ra não se ficar à rasca
A Dona é boa pessoa
Lá paciência tem ela
Há gente má e gente boa
Há de toda a clientela
Sejam simples ou traçadinhos
Vinhos doces ou outros vinhos
Cervejas águas ou sumo
Degustam-se ali com aprumo
Já lá não canta o ferro
Dos matrecos e da malha
E o que era outrora a maralha
Está agora tudo perro
E sem falar das tainadas
Petiscadas bem valentes
De peixadas enlatadas
Pão cebola e os nossos dentes
E a vinhaça ou a cerveja
Xaropes ou cervejão
Da jarra nada sobeja
Da garrafa também não
No tempo da fliparada
Bebia-se a balde jeropiga
Azedava a barriga
E a cabeça fermentava
Convivem novos e velhos
Velhos e novos se dão
Uns oferecem o conselho
Outros emprestam a mão
São horas de bem passar
falando, bebendo um pouquinho
ou até mais, sem abusar
p’ra não cair p’lo caminho
4 comentários:
M.A.R. - eras tu quem costumava assinar como "lobo solitário"???
Náááá!!!.
Ele assinava como lobo aluado.
O gajo é perigoso. Assina á cabeçada...
é o avelino ferreira torres?
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