O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Fernando Pessoa
13 comentários:
O Fernando era um bacano.
E não tinha jeito nenhum para lidar com mulheres...
era mais ou menos como a mim.
o hómem éra um bôm escritôr
Não conheço homens com jeito para lidar com mulheres. Não conheço mulheres com jeito para lidar com homens. Conheço é o conformiso, que tem um jeito do caralho para lidar com toda essa merda.
conformismo!. Foda-se
Eu referia-me à lide físico-química, pá!
Exactamente. Era isso que eu pensava. Lavar a loiça, baixar o tampo da sanita, ir ás "catedrais" às compras, esperar mais meia hora que os cabelos fiquem devidamente no sítio, ouvir com um sorriso nos lábios "dói-me a cabeça", etc. etc.....Físico-quimica, pura e dura!.
Ai o caraças!...
Foder, pá. Foder!
Cobrir, copular, mocar...
Tá bem, prontos!
anda aqui um tipo a usar o mesmo nome que eu, assumam-se caralho sejam homenzinhos.
Segundo rezam as más linguaas era paneleiro, desculpem homossexual, seja como for muito bom poema de amor.
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