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30.10.07

M A R vivo

VECTOR


Saem do vector os passos
que vão vêm e voltam sem nunca serem vistos tergiversando
Euclides e as paralelas as partes
vitais da verdade e o visgo
que nos prende ao pré estabelecido.

Outro espaço outra lógica e compreensão
outra vida menos atrevida que a primeira e
no entanto a compensação duma profundidade
onde o regato escava as suas margens
onde os frutos da desova aquecem sobre as areias
onde os predadores se julgam no éden estomacal ou
perto disso.

Há vícios e glórias e abatimentos e frustrações e capitulações
e há tudo o que a terra pode dar arada pelo homem.
Há verdes de enxofre matérias sazonais e imaginações pérfidas
Há quase tudo prometido para a construção:
os tijolos e as almas a massa os projectos
fundações e fundamentos as telhas que nos veem pela telha.

E as alturas propicias: o biorritmo teu indica-te a primavera
esse teu fala-te no outono a ti move-te a chuva os
sonhos principais vêem-te principalmente nos dias indefinidos
A grande vontade desperta com o cheiro do mar inalado da falésia
a noite ou o dia e a lua os sortilégios do amor
talvez o destino da continuidade a humildade do devir
A mais bela planta pisada não se sabe porquê
E sem maldade
a vitória plácida do futuro vai-nos mostrando o branco no preto
no cinzento do cérebro.


MAR

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