POENTE DE FOGO E TREVA
Senti que tudo se tinha deixado amolecer.
O Bicho Sono atacou as casas alvas;
Ricos carpinteiros ajudaram na tarefa.
(Na enseada as velas dos barcos já choram a despedida)
O profeta já beijou o chão
Na cerimónia vestiram-se azuis.
Do poente, no mar
Cinzento,
Se viu que o fim estava próximo.
Os ricos desfazem as camas de seda.
No pó os lençóis são sempre de pó
E de lava ardente
Os cobertores.
M A R
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