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17.10.07

M A R vivo

Prólogo

INÉDITO PARA O ZÉ


Sabíamos o céu escuro e
ao azul quase o esquecíamos para
respirar apenas a luz sorver o quente
do único ninho mais certo para nós.
Sim, precisávamos das Asas
para certificar o regresso. Era a rua
sim, porque as estações corriam e a
pirâmide dos anos ia crescendo ao vento e ás intempéries.

E parafraseando o poeta da nossa voz e da nossa música
Ao mais longo beijo que te fez trocar de morada
Tua órbita se pôs em outro certo sol
de germinar os frutos os pedaços de nós
ao mundo.
Seja portanto este pedaço meu a chuva que afofa o teu terreno
O fertilizante de tuas culturas em espera e essa
Mesma esperança que fez o céu rasgar, clarear
E existir.


M A R

2 comentários:

Anónimo disse...

" (...) Nós temos cinco sentidos:
São dois pares e meio de asas.
- Como quereis o equilíbrio?"
David Mourão-Ferreira

ze das coives disse...

todos nós morremos um pouco todos os dias.
só espero não precisar de asas para voltar para esta merda de mundo em que vivemos.
que as minhas cinzas sejam atiradas ao vento para conseguir a verdadeira liberdade.