No início houve umas quantas publicações em papel, e o título era Ecos com umas letras pequeninas em baixo a dizer "do grupo". Mas no formato blogue temos de ter um nome mais sugestivo senão não aparece por aqui ninguém.. O facto de termos em comum origem em Alhadas, parece- me razão mais que suficiente para os bloggers aderirem, mas ainda assim o nome é importante...
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19.12.08
28.11.08
28.9.08
24.9.08
Quem Bombardear a Venezuela está fodidíssimo..
Mal sabem os gajos da CIA que além do sistema defensivo altamente sofisticado, aquilo pode-se facilmente transformar numa poderosa máquina de chapar merda a um número ainda não especificado de quilómetros de distância.
17.9.08
13.9.08
Por quem os sinos dobram.
12.9.08
2.9.08
(Des)interesse Público.
1.9.08
31.8.08
29.8.08
28.8.08
26.8.08
Vamos lá fazer as pazes.
Porreiro pá.
25.8.08
22.8.08
21.8.08
QUEM SÃO OS PUTOS PSD?
Mais uma vez obrigado, não sei quem são vocês mas são bem o reflexo da cena política actual no que concerne ao politicamente degradado ppd/psd.
18.8.08
Tenho dito.
A líder do PSD já algumas vezes se recusou a saltar com o resto dos macacos e ISSO É MUITO MAU PARA O NOSSO PAÍS..
17.8.08
12.8.08
17.7.08
Arranjem-me um emprego
13.6.08
26.5.08
Gasolina mais barata
http://www.maisgasolina.com/combustivel-mais-barato/11/
12.5.08
Cartão do Cidadão
3.5.08
25.4.08
24.4.08
Confissões de um padre
Eu estava tão nervoso na minha primeira missa, que no sermão não conseguia falar. Antes da segunda missa, dirigi-me ao Bispo e perguntei como devia fazer para relaxar. Ele, por sua vez, recomendou-me o seguinte:
-Coloque umas gotinhas de vodka na água, vai ver que da próxima vez estará mais relaxado.
No Domingo seguinte, apliquei a sugestão do meu Bispo, e estava tão relaxado, que podia falar alto até no meio de uma tempestade, tão descontraído me sentia. Ao regressar a casa, encontrei um bilhete do meu Bispo, que dizia o seguinte:
- Caro Padreco:
1º - Da próxima vez, coloque umas gotas de VODKA na água e não umas gotas de água na VODKA;
2º- Não há necessidade de pôr limão e sal na borda do cálice;
3º- O missal não é, nem deverá ser usado, como apoio para o copo;
4º- Aquela casinha ao lado do Altar é o confessionário e não o WC;
5º- Evite apoiar-se na imagem de Nossa Senhora, e muito menos abraçá-la e beijá-la;
6º- Os mandamentos são 10 e não 12;
7º- 12 são os apóstolos, e nenhum deles era anão;
8º- Não nos devemos referir ao nosso Salvador e seus apóstolos como 'JC y sus muchachos';
9º- Não deverá referir-se a Judas como 'filho da puta';
10º- Não deverá tratar o Papa por 'O Padrinho';
11º- Judas não enforcou Jesus, e o Bin Laden não tem nada a ver com esta história;
12º- A água Benta é para benzer e não para refrescar a nuca;
13º- Nunca reze a missa sentado nas escadas do Altar;
14º- Quando se ajoelhar, não utilize a Bíblia como apoio para os joelhos;
15º- Utiliza-se o termo ámen e não 'ó meu';
16º- As hóstias devem ser distribuídas pelos fiéis. Não devem ser usadas como aperitivo antes do vinho;
17º- Procure usar roupas debaixo da Batina, e evite abanar-se quando estiver com calor;
18º- Os pecadores vão para o inferno e não para 'a puta que os pariu';
19º- A iniciativa de chamar os fiéis para dançar foi plausível, mas fazer um 'comboio' à volta da igreja...
20º- Não deve sugerir que se escreva na porta da Igreja HOSTIA BAR.
P.S.: Aquele que estava sentado no canto do Altar ao qual se referiu como 'paneleiro travesti de saias' era eu!!...
Espero que estas suas falhas sejam corrigidas no próximo Domingo.
O Bispo :
Januário dos Reis Torgal
20.4.08
O acordo ortográfico
Em termos práticos, o que muda com a ratificação do Acordo Ortográfico?
A unificação da ortografia implica que 1.6 por cento do vocabulário português tem de ser modificado. No vocabulário brasileiro haverá 0.45 por cento de alterações. Isto é o que diz o Acordo, mas, na prática, a percentagem é muito maior na língua portuguesa, tanto mais que as palavras em causa são frequentemente usadas. A dupla grafia pode atenuar as «alterações».
O alfabeto passa a ter 26 letras com a inclusão do «K», o «Y» e o «W»; apesar das mudanças a nível de ortografia, as pronúncias próprias de cada país continuam iguais.
Exemplos de palavras que vão ter dupla grafia devido à diferença de pronúncia entre Portugal e Brasil: académico/acadêmico, amazónia/amazônia, anatómico/anatômico, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, cénico/cênico, cómodo/cômodo, efémero/efêmero, fenómeno/fenômeno, gémeo/gêmeo, género/gênero, génio/gênio, ténue/tênue, tónico/tônico e também bebé/bebê, bidé/bidê, canapé/canapê, caraté/caratê, cocó/cocô, croché/crochê, guiché/guichê, judo/judô, matiné/matinê, metro/metrô, puré/purê.
Exemplos práticos de alterações na grafia: cai o «h» como em «húmido» e fica úmido, desaparecem o «c» e o «p» nas palavras onde não se lêem (são mudos), como acção, acto, baptismo ou óptimo.
Mais exemplos de consoantes que desaparecem com o novo acordo: acionar, adjetival, adjetivo, adoção, adotar, afetivo, apocalítico, ativo, ator, atual, atualidade, batizar, coleção, coletivo, contração, correção, correto, dialetal, direção, direta, diretor, Egito, eletricidade, exatidão, exato, exceção, excecionalmente, exceções, fator, fatura, fração, hidroelétrico, inspetor, letivo, noturno, objeção, objeto, ótimo, projeto, respetiva, respetivamente, tatear.
Nas sequências «mpc», «mpç» e «mpt», se o «p» for eliminado, o «m» passa a «n», como assunção e perentório.
As terminações verbais «êem» deixam de ser acentuadas em Portugal e no Brasil (exemplos: creem, deem, leem, veem, incluindo os verbos com as mesmas terminações: descreem, releem, reveem, etc).
Deixa de ter acento diferencial a forma verbal de «para».
O acento diferencial para distinguir o passado do presente passa a ser facultativo.
As formas monossilábicas do verbo haver perdem o hífen. Exemplos: «hei de», «hás de», «há de», «hão de». A palavra «fim-de-semana» também fica sem hífen.
O hífen cai também em palavras compostas (em que se perdeu a noção de composição), que passam a ser escritas assim: mandachuva, paraquedas e paraquedista.
Ainda em relação ao hífen: fusões de palavras quando há duplicação do «s» ou do «r», como antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, extrarregular, infrassom.
O novo acordo recomenda também que se generalize a fusão quando a terminação é uma vogal e o segundo elemento começa com vogal diferente: extraescolar, autoestrada.
Meses e estações do ano passam a escrever-se com letra minúscula.
No vocabulário brasileiro desaparece o acento circunflexo em palavras como abençôo, vôo, crêr, lêr e outras. Desaparece também o trema em palavras como lingüíça, freqüencia ou qüinqüénio, assim como o acento agudo nos ditongos abertos como por exemplo assembléia ou idéia.
18.4.08
11.4.08
3.4.08
1.4.08
30.3.08
18 de Abril de 2008
Uma Sexta-Feira, último dia da semana, mesmo a jeito de terminar bem a semana!
PS - Castrador de Perus, por onde andas?? Nunca mais te vi pelos muros ;)
28.3.08
Porra
Era uma vez um senhor chamado Jorge Vasconcelos, que era presidente de
Uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços
Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem,
Poucos devem saber para o que serve. Mas o que sabemos é que o senhor
Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que
os aumentos da electricidade ainda fossem maiores.
Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco,
não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos,
subsídios ou outros quaisquer benefícios. Porém, com o senhor Vasconcelos
não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou
seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo
emprego.
Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas
você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?». E eu respondo: «Pois
disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!». E você
volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais
2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o
trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».
Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já
respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração
da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos
Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao
estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos». Ou
seja: sempre que os estatutos da ERSE foram mais vantajosos para os seus
gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.
Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde
a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de
terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais
vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado
milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção
avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.
Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de
uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados
baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um
desenfreado, abusivo e desavergonhado abocanhar do erário público.
Mas voltemos à nossa história. O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros
mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18
mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia,
sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.
Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A
missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o
sector energético. E pergunta você, que não é trouxa: «Mas para fazer
cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?».
Parece que não. A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE
intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes
envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de
serviço. Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar
somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos
aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada
ERSE?
Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino,
aguentará tão pesada canga?
E tão descarado gozo?
25.3.08
Salario Minimo
Um parquimetro na figueira ganha 10 centimos a cada 10 minutos.
10*6= 60 centimos por hora
60*24= 1440 ou seja 14,4 euros por dia
14.4*30= 432 euros por mês
Conclusão, um parquimetro é muito mais util que eu
20.3.08
19.3.08
Artigo não se sabe de quem - para a geração dos 30
Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: 'Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além...' era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.
Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora. O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual... E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração :
O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.
Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos: Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos.
Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra. Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.
Confesso, senti-me velho...
Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.
Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo 'Moleculum infanticus', que não existiam antigamente.
No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de 'terno' nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse.
Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos. Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração 'rasca'...
Nós éramos mais a geração 'à rasca', isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.
Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de anos e Natal, tudo junto. Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo.
Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.
Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos. Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas.
É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.
16.3.08
Sábio Árabe
للأعيان وعدد أعبحت الشعببانية يتم ماعي[ و تعيينهمللأعياننواب
حسب الدستور المعدل عام أصبحت إسبانيا دولة قانون إجتماعية و ديمقراطية تحت نظام ملكي برلماني. الملك منصبه فخري و رن و واحدئيس الوزراء هو الحاكم الفعلي للبلاد. البرلمان الإسباني مقسم الى مجلسين واحد للأعيا وعدد أعضاء يبل عين و واحد للنواب و عدد نتائج الانتخابات نائب. نتائج الانتخابات الأخير مباشرة من أصبحت الشعبسنوات، بينما كل 4 سنوات، بينما يعين1 عنتخاباتضو من مجلس الأعيان و ينتخب الباقون الشعب أيضاً. رئيس الوزراء و الوزراء يتم تعيينهم من قبل البرلمان اعتماداً على نتائج الانتخابات النيابية. أهم الأحزاب
الإس أصمقسم الى مجلسين واحد للأعيان ( وعدد الشعببانية يتم ماعية و تعيينهمللأعيان
Fantástico, não acham!?!
Eu também quase chorei !!!
Principalmente na parte em que ele diz:
أصبحت إسبانيا دولة قانون إجتماعية و ديمقراطية تحت نظام ملكي برلماني. الملك منصبه فخري و
1.3.08
19.2.08
Xiça
14.2.08
Durante o governo do imperador Claudius II, este proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objectivo de formar um grande e poderoso exército. Claudius acreditava que os jovens se não tivessem família, se alistariam com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentine e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega: Asterius, filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentine. Os dois acabaram-se apaixonando e milagrosamente recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “de seu Valentine”, expressão ainda hoje utilizada. Valentine foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270 d.c.
13.2.08
12.2.08
Texto da Visão
A criancinha quer Playstation. A gente dá.
A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha.
A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito
como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.
Desperta.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A DEVIDA COMÉDIA
Miguel Carvalho
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal.
Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».
A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego.
«Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha?
Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.
Miguel Carvalho
1.2.08
30.1.08
Outra, bem diferente, é injuriar todo aquele que não se reveja nas nossas próprias opiniões. Isso não é contundência, mas pura e simplesmente uma manifestação de imbecilidade!
Será que nós, “postadores” e “comentadores”, somos incapazes de expor e discutir factos, ideias ou opiniões? É nosso conceito dialéctico o narcisismo no seu pior?
Ainda havemos de pensar nisso…
23.1.08
19.1.08
Bom fim de semana
A Comédia dos Erros -William Shakespeare
Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa
Dom Casmurro -Machado de Assis
Cancioneiro -Fernando Pessoa
Romeu e Julieta -William Shakespeare
A Cartomante -Machado de Assis
Mensagem -Fernando Pessoa
A Carteira -Machado de Assis
A Megera Domada -William Shakespeare
A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare
Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare
O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa
Dom Casmurro -Machado de Assis
Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
Poesias Inéditas -Fernando Pessoa
Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare
A Carta -Pero Vaz de Caminha
A Igreja do Diabo -Machado de Assis
Macbeth -William Shakespeare
Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago
A Tempestade -William Shakespeare
O pastor amoroso -Fernando Pessoa
A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós
Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa
O Mercador de Veneza -William Shakespeare
A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde
Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare
Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
A Mão e a Luva -Machado de Assis
Arte Poética -Aristóteles
Conto de Inverno -William Shakespeare
Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare
Antônio e Cleópatra -William Shakespeare
Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
A Metamorfose -Franz Kafka
A Cartomante -Machado de Assis
Rei Lear -William Shakespeare
A Causa Secreta -Machado de Assis
Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa
Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare
Júlio César -William Shakespeare
Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
Cancioneiro -Fernando Pessoa
Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional
A Ela -Machado de Assis
O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa
Dom Casmurro -Machado de Assis
A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
Adão e Eva -Machado de Assis
A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
A Chinela Turca -Machado de Assis
As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare
Poemas Selecionados -Florbela Espanca
As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo
Iracema -José de Alencar
18.1.08
ÓBVIAMENTE...
14.1.08
11.1.08
MAR vivo
Não podes beber cá fora
Não podes planar no centro
Não deves esticar a tora
Não podes fumar o cigarro
Não podes fumar a passa
Tens de andar a pé de carro
E de pôr gesso na mossa
E de pôr gesso na mossa
E merda no serra bulho
E de ir dizer p’rá praça
Deus abençoe o entulho
E p’ra não haver barulho
Nem outras confusões
Encham vocês o bandulho
Que eu esvazio os colhões
Que eu esvazio os colhões
Sem ter vergonha nenhuma
Que a vida são dois tostões
E que se foda a fortuna
Puta que pariu
Embora alheio ao facto (ou talvez não), as minhas desculpas.
O Casimiro
O Casimiro, talvez você não conheça a aldeia donde ele vinha nem vem no mapa mas lá no burgo, por incrível que pareça era, mais famoso que no Vaticano o Papa
O Casimiro era assim como um vidente tinha um olho mesmo no meio da testa isto pra lá dos outros dois é evidente por isso façamos que ia dormir a sesta
Ficava de olho aberto via as coisas de perto que é uma maneira de melhor pensar via o que estava mal e como é natural tentava sempre não se deixar enganar (e dizia ele com os seus botões:)
Cuidado, Casimiro cuidado com as imitações Cuidado, minha gente Cuidado justamente com as imitações
Lá na aldeia havia um homem que mandava toda a gente, um por um, por-se na bicha e votar nele e se votassem lá lhes dava um bacalhau, um pão-de-ló, uma salsicha
E prometeu que construía um hospital Uma escola e prédios de habitação e uma capela maior que uma catedral pelo menos a julgar pela descrição
Mas... O Casimiro que era fino do ouvido tinha as orelhas equipadas com radar ouvia o tipo muito sério e comedido mas lá por dentro com o rabinho a dar, a dar
E... punha o ouvido atento via as coisas por dentro que é uma maneira de melhor pensar via o que estava mal e como é natural tentava sempre não se deixar enganar (e dizia ele com os seus botões:)
Cuidado, Casimiro cuidado com as imitações Cuidado, minha gente Cuidado justamente com as imitações
Ora o tal tipo que mandava lá na aldeia estava doido, já se vê, com o Casimiro de cada vez que sorria à plateia lá se lhe viam os dentes de vampiro
De forma que pra comprar o Casimiro em vez do insulto, do boicote, da ameaça disse-lhe: Sabe que no fundo o admiro Vou erguer-lhe uma estátua aqui na praça
Mas... O Casimiro que era tudo menos burro tinha um nariz que parecia um elefante sentiu logo que aquilo cheirava a esturro ser honesto não é só ser bem falante
A moral deste conto vou resumi-la e pronto cada qual faz o que melhor pensar Não é preciso ser Casimiro pra ter sempre cuidado pra não se deixar levar.
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Sérgio Godinho "Campolide" 1979