Hoje
Pelos interstícios do derradeiro sono
Nesta augusta e bendita madrugada
Vislumbrei-te, linda e triste
Preparando-te p’rá diária jornada
Relanceei por instantes tua nudez
Bendito despertador
Desejei-te, por instantes
Na silenciosa mudez
De teus discretos movimentos
Respeitosos do meu sono
Ora banido
Pela gloriosa visão do que me é querido
Instantes após
Sinto teus lábios que me afloram a testa
Numa muda e cautelosa despedida
Para o exterior bucólico e aviltante
Da triste e impiedosa vida
De seguida
Resta o silêncio d’ausência
Indesejada, sofrida...
Século XX. Início da primeira metade da década de 80.
2 comentários:
Como dizia o outro (MEC), o amor é fodido...
pois é......
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