Pesquisar neste blogue

24.10.07

M A R vivo

POENTE DE FOGO E TREVA


Senti que tudo se tinha deixado amolecer.
O Bicho Sono atacou as casas alvas;
Ricos carpinteiros ajudaram na tarefa.
(Na enseada as velas dos barcos já choram a despedida)
O profeta já beijou o chão
Na cerimónia vestiram-se azuis.

Do poente, no mar
Cinzento,
Se viu que o fim estava próximo.
Os ricos desfazem as camas de seda.
No pó os lençóis são sempre de pó
E de lava ardente
Os cobertores.


M A R

Sem comentários: