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20.11.07

M A R vivo

Não tinha reparado. Também este poema mereceu no tal concurso de que falei anteriormente uma menção honrosa.




PROCURO-TE

Cruzeiros na noite. Procuro-te ensanguentado.
Onde te encontrarei não interessa.
Só sei que nasci filho das florestas.

Raios da madrugada. Procuro-te na solidão.
Que encontrarei ninguém sabe.
Só sei que tenho a alma fria das giestas.

Luzes da manhã. Procuro-te num buraco fundo.
Quem encontrarei não interessa.
Só sei que fugi à procura dos teus caminhos.

Andorinhas da tarde. Procuro-te em sonhos ensombrados.
Porque te encontrei ninguém sabe.
Só sei que permaneci na solidão do esquecimento.


MAR

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