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21.6.06

A história abreviada de Narciso e Deolinda

Uma história portuguesa, com certeza.
O Narciso é presidente da Câmara Municipal de Pombal e Deolinda a sua esposa, vendedora de lingerie em Leiria.
O Narciso recusa pagar 2.700 euros à Segurança Social de Leiria, valor respeitante, segundo o Diário de Notícias, a "juros de mora de um período de três anos e a contribuição de sete anos que se encontram em atraso". Segundo a mesma fonte, a Deolinda está colectada nas Finanças desde 1987 mas nunca efectuou descontos. Até aqui nada de novo...
Mas se a Deolinda é a proprietária, foi o Narciso a dirigir-se à Segurança Social para resolver a situação. Terá pensado que por ser presidente de câmara a coisa resolver-se-ia a contento? Antes tivesse mandado lá a Deolinda em lingerie, a ver se sensibilizava o director daquele serviço...
Assim, o Narciso pagou dívidas referentes aos anos de 1995 a 1998, embora recusando-se a solver os juros de mora, por os considerar... "injustos". Diz o Narciso que se trata da "actividade privada da mulher" e tem razão. Que diabo tem a Segurança Social que ver com a lingerie da Deolinda?
Segundo o Narciso, a pobre da Deolinda "não tem ordenado". Coitada, mais valia trabalhar vestida em lingerie, como algumas. Certamente ganharia mais numa noite do que na loja num mês.
Moral da história:
"Ela não devia pagar Segurança Social nenhuma e até devia receber uma indemnização, porque se eu fechar a loja, o que já devia ter feito, ela vai para o fundo de desemprego e o Estado tem de pagar", diz o revoltado Narciso, adiantando que "eu arranjei a loja para ela se entreter e quando há prejuízos ao fim do mês são pagos com o meu ordenado. Logo, ela não deve pagar nada à Segurança Social".
Raciocínio mais lógico não há. Chamem-lhe Narciso...
Se a Deolinda for jeitosa, talvez passe lá pela loja e compre uma peçazita. Sempre ajudo ao orçamento familiar dos pobres diabos.
Ainda fico a pensar... Então o Narciso, para entreter a mulher arranja-lhe uma loja de lingerie? Estava-se mesmo a ver que a coisa daria para o torto...
E tratando-se de quem é, provavelmente a coisa ficará por aqui, que isso de juros de mora e cumprimento das obrigações contributivas é coisa de pobre.
E fico a imaginar como será a lingerie da senhora...

5 comentários:

Anónimo disse...

Os trabalhadores independentes (na giria da Seg. Social TI`s) não teem direito a subsídio de desemprego. Logo, fechando a loja da Deolinda, esta não vai para o "fundo de desemprego" e o Estado não tem de pagar coisa nenhuma.

Ainda assim, pergunto - les-te bem Caga-Boi? -. Ou estiveste a ver televisão até tarde e tens os olhos trocados?.

É que, tais declarações e vindas de tal personagem, parecem-me de uma desfaçatés desavergonhada que até me dói.

Ceptocínico disse...

Cabrão, filho da puta de presidente do caralho que o foda.

Anónimo disse...

E não há quem parta os cornos a estes gajos? Ou pelo menos lhes arranque as orelhas?

Anónimo disse...

Vamos arrancar é a lingerie à gaija.

Anónimo disse...

Que rica febra. A tipa não quer vir estagiar prá Casa Branca?