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28.3.08

Porra


Era uma vez um senhor chamado Jorge Vasconcelos, que era presidente de
Uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços
Energéticos,
organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem,
Poucos devem saber para o que serve.
Mas o que sabemos é que o senhor
Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que
os aumentos da electricidade ainda fossem maiores.

Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco,
não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos,
subsídios ou outros quaisquer benefícios. Porém, com o senhor Vasconcelos
não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou
seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo
emprego.

Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas
você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?». E eu respondo: «Pois
disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!». E você
volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais
2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o
trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».

Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já
respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração
da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos
Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao
estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos». Ou
seja: sempre que os estatutos da ERSE foram mais vantajosos para os seus
gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.

Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde
a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de
terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais
vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado
milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção
avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.

Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de
uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados
baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um
desenfreado, abusivo e desavergonhado abocanhar do erário público.

Mas voltemos à nossa história. O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros
mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18
mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia,
sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.

Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A
missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o
sector energético. E pergunta você, que não é trouxa: «Mas para fazer
cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?».

Parece que não. A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE
intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes
envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de
serviço. Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar
somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos
aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada
ERSE?
Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino,
aguentará tão pesada canga?
E tão descarado gozo?

37 comentários:

asardanisca disse...

Desconhecia a existência dessa entidade...

Anónimo disse...

até eu.... mas até à bem pouco tempo também nunca tinha ouvido falar da ASAE

Anónimo disse...

quando é que começas a escrever textos da tua autoria?

Anónimo disse...

este burro é mesmo burro, cada palavra cada erro ortográfico

Anónimo disse...

quando é que começas a escrever textos da tua autoria, sina de trânsito?

Anónimo disse...

ya?

Anónimo disse...

só agora é que vi bem. ka grandas mamas!!!!!!!!!!!! ae ae

Anónimo disse...

escreve telenovelas e relatos de futebol que gostam mais.ENFIM

Anónimo disse...

Oho!!!

sinal de transito disse...

Isto está a fazer eco...

sinal de transito disse...

foda-se, os gatos chocos já escrevem... e ando eu a falar sobre entidades que ninguém conhece, foda-se...agora é que vou entrar em depressão, que ainda mão é pago, ta fixe.

Anónimo disse...

Se te sentes sozinho,e queres ver burros olha-te ao espelho.Eu não tenho espelhos.

Zé_Bigorna disse...

Sinal de trânsito, pois é tentas postar aqui cenas que deviam indignar os demais postadores e afinal os comentários que deixam, deixam muito a desejar.
O que fazer com estes gajos?

sinal de transito disse...

o zé Bigorna isso é porque eles nem sabem ler ou sabem mas não tem vontade de o fazer. Sabem que existem palavras mas não sabem o seu significádo.
Para quem não sabe, e até pode nem ser Burro, Isto é Fácil, é criar um mail, e a seguir pedir ao Sr administrador que permita a entrada no Blog aos gatos e aos chocos e afins para termos aí sim grandes postagens de textos Originais...
estou ansioso pelo que aí vem... Textos Fabulosos!!!!

Corruptor disse...

boa resposta.

Anónimo disse...

blogue de merda

sinal de transito disse...

anonimo de merda

Anónimo disse...

ignorante de merda

sinal de transito disse...

Grande Exito Mundial a estrear, "Novela anonimo"

Era uma vez um anonimo de merda que achava que um certo blog que frequentava era uma merda, mas estranhamente nunca saía de lá. Penso que era amor, porque ele achava que tudo era mau, mas aquela atracção que ele sentia era mais forte que ele. Digno das Grandes paixões e emoções....

Anónimo disse...

zés que passam confiança a provocações de anónimos descem ao nível que (não) têm e está tudo dito para quem quiser ler

crianças...

Anónimo disse...

coisa mai linda,e futebol?

sinal de transito disse...

o stress atingiu os anónimos deste Blog que não gostam, mas vem cá sempre parar...

Anónimo disse...

ALTO AÌ PARA O BAILE.Eu nunca disse que não gostava,RESPEITO os anonimos não estão todos no mesmo saco.

Anónimo disse...

quando eu andava no liceu íamos ao café lá do lado

sinal de transito disse...

então aproveita para curtir, e siga o Baile Novamente.

Anónimo disse...

Tem de ser com o QUIAOIS CLUBE.

sinal de transito disse...

A Malta toda anda procura de Respeito, Os Anónimos também e pedem...
Essa merda não se vende por aí nos centros comerciais.

Anónimo disse...

o girafa é que disse tudo lol

Anónimo disse...

Fooda-se só comentários de merda ....

A mim deu-me uma vontade de pegar numa metralhadora e ir lá buscar o dinheiro ao cabrão filho da puta que nós anda a roubar.

Deviamos meter estes cabrões todos na cadeia

sinal de transito disse...

Lol, isso é a sena mais fixe, metes os Gajos na Cadeia, mas eles pagam a fiança com o dinheiro que nos Roubaram. Não achas o Plano perfeito?
Não faz mal ir preso se o que roubaste compensar pagar a fiança e ainda sobrar algum para curtires cá fora um bocadito.

Anónimo disse...

"sena"?
além da tara pelas maiúsculas tens um acordo ortográfico privativo

sinal de transito disse...

Fiquei num estado de ansiedade depressivo ao ler o teu comentário..vou ter exame a Português, e agora que disseste isso não para de pensar que vou chumbar... Só me apetece chorar, para que é que fizeste isso, não vou aguentar..!!!!!!

Anónimo disse...

Vai ao baile que isso passa,deixa-os andar eles sabem escrever e...

sinal de transito disse...

pois sabem, eles são mesmo fantásticos...Admiro-os tanto!!!!!!!!!!!!

Rei da Lã disse...

"organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem,
Poucos devem saber para o que serve"...

Assim vai Portugal!
Fazem da própria ignorância a ignorância alheia!

Farto de saber quem são os imprestáveis da ERSE estou eu e ainda me chamam ignorante?!

Estão mais satisfeitos?

Puta que pariu...

sinal de transito disse...

os Gajos estão nos a gamar á Força tudo e tu estas preocupado se te chamam Ignorante ou não. Existem Muitas formas de ver a questão...

Rei da Lã disse...

Não digas asneiras, miúdo!